Publicado em: 24/09/2012 às 12:00hs
E como, nestes seis dias finais de negócios do mês, são mínimas as possibilidades de variação dos preços praticados, tende a completar mais de 30 dias com preços inalterados e com o mesmo valor registrado em várias ocasiões do primeiro semestre.
O único senão, neste caso, é que agora as condições de produção são bem diferentes daquelas experimentadas na primeira metade do ano. No início de junho, por exemplo, o ovo também chegou a ser comercializado pela mesma cotação atual. Mas, então, o milho era adquirido por um valor pelo menos 22% inferior ao atual, enquanto o preço do farelo de soja era quase um terço inferior. Ou seja, em pouco mais de um trimestre, o poder de compra do produtor sofreu violenta deterioração.
Na abertura do segundo semestre essa deterioração ainda não era observada, pois, concomitante à alta dos custos, o ovo obteve, em julho, sua melhor cotação nominal do ano. Mas em agosto e setembro, o que aparentava ser um ganho dissipou-se totalmente. Com isso, setembro vai sendo encerrado com uma cotação média cerca de 8% menor que a de julho e agosto.
Note-se, no caso, que não há nenhuma anormalidade nesse tipo de comportamento: os efeitos sazonais na produção do ovo fazem com que, normalmente, o produto alcance em setembro o menor preço do terceiro trimestre do ano. Mas como as condições de produção mudaram, são necessárias mudanças no processo produtivo. Em outras palavras, reduzir a produção é fundamental, do contrário a sazonalidade vai fazer aumentar ainda mais a distância entre custo e preço.
Fonte: Avisite
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