Ou seja: surpreende, pois, com o reinício das aulas (merenda escolar) supunha-se que sua demanda aumentaria, estimulando a valorização do produto. Mas o produto passa também pelo melhor momento do mercado (primeiro decêndio do mês, período de pagamento de salários) sem que seus preços se alterem – ainda que o mercado se mantenha firme, com as ofertas relativamente ajustadas.

Porém, essa fase de equilíbrio pode estar chegando ao fim. Estamos, quase, no fim da primeira quinzena o que é, invariavelmente, sinal de próxima redução do ritmo de comercialização.

É sob esse aspecto que o setor precisa manter-se profundamente atento. Pois embora se registre, neste mês, a melhor cotação nominal de todos os tempos, com valorização (até aqui) de quase 20% sobre agosto de 2011 e de mais de 3% sobre o mês anterior, julho de 2012, os custos de produção são, hoje, totalmente diferentes.

Exemplos? Doze meses atrás, nesta mesma ocasião, bastavam 23 caixas de ovos (690 dúzias) para adquirir uma tonelada de milho e uma tonelada de farelo de soja. No momento, para adquirir a mesma quantidade de matérias-primas são necessárias 35 caixas (1.050 dúzias) – 52% a mais! Ou seja: qualquer vacilo pode ser fatal...