Mesmo assim, consideradas as atipicidades do período – mês sem merenda escolar, com muitos consumidores viajando; e, para completar, com uma onda de frio inesperada que inibiu consumidores e consumo – o resultado não foi de todo ruim.

Até pelo contrário, pois em relação ao mesmo mês do ano passado registrou-se incremento de 13,87%, cobrindo a inflação acumulada no período. E como em julho do ano passado o produto já havia experimentado outros 13% de valorização, a situação dos produtores se tornou mais tranquila, pois continua sendo coberta a defasagem que prevaleceu nos anos anteriores.

Por sinal, talvez pela primeira vez na história da avicultura, o setor de corte sente certa ponta de inveja do setor de postura. Pois enquanto o frango (vivo ou abatido) permanece até agora com preços sensivelmente inferiores aos alcançados no encerramento de 2012, o ovo obtém valorização que cobre folgadamente a inflação acumulada nos sete primeiros meses do ano (pelo IGP-M, 2,01%).

É verdade que, doravante, um e outro setor tende a caminhar com mais estabilidade que a observada nos sete meses passados. Ainda assim, o ovo se encontra muito à frente. Tanto que, em relação ao valor médio registrado no decorrer de 2012, registra, entre janeiro e julho, valorização de mais de 25%.