Publicado em: 23/07/2012 às 10:50hs
Isso, porém, não refletiu o exato comportamento do mercado, extremamente frágil. Tanto que boa parte das negociações foi efetivada a valores inferiores à referência atual.
Supondo-se, porém, que todas as transações continuem tendo a mesma base referencial, constata-se que o ganho que vinha sendo registrado em relação ao mês anterior e a idêntico mês do ano passado vem se diluindo rapidamente.
Dessa forma, comparativamente a julho de 2011, o preço médio atual é, nominalmente, 5,04% superior e, dessa forma, mal acompanha a inflação do período. Idêntica conclusão pode ser aplicada à variação mensal (julho/12 em relação ao mês anterior), ora em 0,35%, praticamente o mesmo índice de um dos indicadores prévios da inflação oficial no mês, o IPCA-15, que fechou em 0,33%.
Porém, o que mais pesa sobre a atividade e já começa a ocasionar a desestruturação do setor são além dos preços das matérias-primas, as dificuldades de abastecimento, em especial do farelo de soja. Este, em um ano, já está com o preço mais do que dobrado e, mesmo assim, não é encontrado na disponibilidade necessária. Já o milho, cuja safra brasileira é recorde, vem sofrendo verdadeira explosão de preços com as notícias da quebra de safra norte-americana. Em 30 dias, já aumentou mais de 40%.
Como isso inviabiliza a produção do frango (sobretudo no momento em que a demanda interna e externa é recessiva) e o consumidor não tem condições de absorver o aumento de custo enfrentado, as entidades da classe começam a atuar junto ao governo federal na busca de mecanismos que minimizem a situação atual.
Conta-se com uma pronta ação do poder público. Mas, a esta altura, as medidas, embora bem-vindas, talvez sejam tardias, pois representativa parcela do sistema produtivo já foi profunda e irremediavelmente afetada.
Fonte: Avisite
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