Publicado em: 20/08/2012 às 12:00hs
Mas as expectativas foram frustradas pelo inesperado surgimento de grande oferta de aves vivas no interior de São Paulo em consequência de problemas operacionais em um abatedouro paulista. O que significa que, além da lei da oferta e procura, outra lei pode interferir nas condições de mercado: a Lei de Murphy – aquela que diz que se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará.
De toda forma, a ausência de novos ajustes além dos dois obtidos pode não estar de todo ligada a esse incidente. Primeiro, porque estamos na segunda quinzena do mês, período em que os negócios do varejo sofrem forte desaceleração. Segundo, porque os novos preços alcançados pelo frango começam a ser repassados ao consumidor que, só agora, passa a enfrentar no bolso os efeitos do custo mais elevado ao nível do produtor. Será que vai absorvê-los sem problemas?
Será que vai comparar o frango com a carne bovina, por exemplo?
A realidade é que - daqui para a frente e até, pelo menos, o final de agosto - a equiparação entre custo e preço ora obtida só será mantida se a oferta se mantiver ainda mais ajustada do que esteve nos últimos dias.
A propósito, sabe-se pelo próprio andamento do mercado e independente das informações do setor, que em julho passado e após dois meses de expansão, o alojamento de pintos de corte voltou a recuar. Como, porém, a maior parte dos pintos alojados no mês teve sua incubação iniciada em junho (aproximadamente um terço dos alojamentos mensais provém de incubações iniciadas no mês anterior) é certo que os efeitos dessa redução somente chegarão ao mercado de frangos mais à frente - provavelmente na primeira quinzena de setembro.
Por isso, até lá, os abates antecipados deverão ser mantidos ao extremo. A menor oferta de carne é, todos sabem, a única forma de impedir nova deterioração dos preços.
Fonte: Avisite
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