Avicultura

Desempenho do frango vivo na segunda semana de maio

O frango vivo atravessou a segunda semana de maio totalmente alheio ao fato de que esse é, normalmente (e nada indica que não tenha sido), o segundo melhor momento comercial do exercício, superado apenas pelas Festas do final de ano


Publicado em: 14/05/2012 às 13:30hs

Desempenho do frango vivo na segunda semana de maio

Ou seja: vai chegando ao fim da primeira quinzena de maio e entrando no período mais crítico de vendas do mês sem apresentar qualquer reação e com o mesmo preço (oneroso) para o qual recuou na segunda quinzena de abril.

Mas não se dizia que a produção vem sendo decrescente e que, já em abril ou, o mais tardar em maio, os preços pagos aos produtores voltariam a ser novamente remuneradores? Pois até essa afirmação começa a ser posta em dúvida. De toda forma, o argumento mais utilizado no momento para justificar a atual modorra do frango é o de que a queda das temperaturas com a chegada do outono tem ocasionado grande aumento no peso das aves em criação, o que neutraliza a redução no número de cabeças em criação.

Porém, o que não tem sido dito é que o consumidor tem se recusado a proporcionar um melhor preço ao produto. Assim, ainda que na média dos 12 primeiros dias de maio a cotação do frango abatido no atacado da cidade de São Paulo tenha superado em pouco mais de 5% o valor alcançado há um ano no mesmo período (porque lá também se enfrentava uma crise tão grave quanto a atual), no ano (são pouco mais de 130 dias), os preços continuam negativos em relação a 2011.

Não só isso, porém. Como não alcançam margens que proporcionem justa remuneração, as empresas integradas (maioria absoluta do setor) colocam no mercado independente de frangos vivos parte da produção que deveriam processar. Claro, é uma tentativa válida de manter a estabilidade do frango abatido. Mas é também procedimento que instabiliza ainda mais o mercado do frango vivo. E como este é referência para toda a cadeia (até para importadores) cria-se um círculo vicioso difícil de romper.

Em suma: se é verdade que o setor vem reduzindo a produção, parece que o nível de redução até agora imposto à produção continua insuficiente. Vai ser preciso mais, muito mais.

Fonte: Avisite

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