Publicado em: 29/10/2012 às 13:10hs
A letargia atual vem sendo imputada à época do mês – segunda quinzena, período em que os negócios andam mais devagar, pois os salários terminam antes que o mês acabe. Mas se isto é verdadeiro, porque então não se registrou qualquer reação do frango na primeira metade do mês?
Um fato é certo: o alojamento de pintos de um dia vem sendo, sem dúvida, mais comedido que o da mesma época do ano passado. Mas o que sempre foi fator de ajuste do mercado e agora deveria ser ferramenta para a melhor adequação da oferta ao atual momento econômico, desta vez está sendo neutralizado pela extensão do tempo de criação das aves alojadas, política que redunda em um maior volume de carne.
Por outro lado não se pode esquecer que – consequência inexorável frente à elevação dos custos – o frango está hoje mais “caro” em relação à carne bovina. O Procon-SP confirma isso ao mostrar que, em comparação aos preços de dois anos atrás (setembro de 2012 x setembro de 2010), a carne bovina de primeira aumentou 9%, a de segunda 15% e o frango resfriado 29%.
Claro, as distâncias de preço continuam enormes (com o valor de um quilo de carne de primeira adquirem-se 3,5 kg de frango abatido), mas variações do gênero ou simplesmente “jogam” o consumidor para o outro produto ou impedem que os menos privilegiados tenham acesso a ele. O resultado: queda de consumo.
Como os custos impossibilitam retornar à relação anterior, resta apenas adequar a oferta ao consumo mais restrito. Mas a avicultura ainda não chegou lá.
Fonte: Avisite
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