Em outras palavras, continuou, primeiro, sendo comercializado em mercado calmo; segundo, as ofertas da produção independente continuaram sendo engrossadas por produto vindo de integrações; e, terceiro, embora a remuneração oferecida pela ave viva tenha permanecido com o mesmo valor alcançado em 25 de abril passado - R$1,70/kg há mais de 30 dias – negócios continuaram sendo fechados a preços inferiores.
Ainda assim a estabilidade da semana vem sendo considerada uma vitória. Pois o momento é de queda de preços, como acontece a todo final de mês. E desta vez não ocorreu, porque há novos sinais no setor.
Informa-se, por exemplo, que o peso médio da ave viva está, praticamente, retornando ao normal. Como as temperaturas continuam mais baixas (propiciando um natural aumento dos frangos em criação), isso significa que as retiradas para abate vêm sendo antecipadas o que, por sua vez, sinaliza que os estoques que vinham se acumulando estão retornando aos níveis normais. Outro fator favorável é a subida do dólar que – informação de exportadores – deu novo dinamismo aos embarques de alguns cortes específicos.
Enfim, a aguardada retomada parece estar em vias de se concretizar. O que não é sem tempo, pois, até aqui (isto é, desde o início do ano até agora), o frango vivo permanece com preços que fazem o setor retroagir ao triênio 2008/2010. E, de lá para cá, os custos não cessaram de subir.