Pois na sequência, não foram necessários mais do que três dias para que essa média retrocedesse ao menor valor dos últimos oito meses. Ou seja, nos quase 12 meses decorridos de maio para cá, apenas os valores observados entre maio e agosto de 2012 ficam acima da média atualmente registrada.

Esse resultado reflete os desafios enfrentados pelo setor produtivo na primeira semana de abril, período em que o frango vivo sofreu outras três quedas de preço (todas de cinco centavos cada) em apenas quatro dias. E se houve estabilização nos últimos três dias da semana talvez tenha sido por exaustão (já que essa foi a décima redução no curto espaço de três semanas), não por mudança de mercado que, ao contrário, continuava fraco até o último sábado.

Como a esperança é a última que morre, prevalece na atividade a expectativa de que o consumo do final de semana (impulsionado pelo pagamento de salários) dê um novo direcionamento à atividade. Pois isso, mais do que necessário, é preciso, visto que, a despeito do recuo de preços das matérias-primas, o valor atualmente pago ao produtor se encontra muito próximo do custo de produção, estimado – conforme a eficiência e o porte de quem produz – entre R$2,00/kg e R$2,20/kg no interior de São Paulo.