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Desempenho do frango vivo em março de 2013

Períodos de Quaresma nunca foram favoráveis ao frango e às carnes em geral. Mas desta vez o consumo recessivo da Quaresma agiu de forma avassaladora sobre o setor


Publicado em: 01/04/2013 às 11:20hs

Desempenho do frango vivo em março de 2013

No mês, sete reduções de cinco centavos cada (todas concentradas na segunda quinzena) fizeram a ave viva perder 12,5% do seu preço – de R$2,80/kg para R$2,45/kg. Ou 15,5% se considerada toda a Quaresma, já que o frango vivo entrou na quarta-feira de Cinzas (13/2) valendo R$2,90/kg.

Como resultado, o preço médio de março recuou pelo terceiro mês consecutivo. Ficou em R$2,69/kg, caindo 6% em relação ao mês anterior e acumulando no ano perda próxima de 9%. E, embora ainda positiva, caiu também a variação anual, agora inferior a 50%. Um índice que, em dois anos, não vai muito além de 30%, visto que em março de 2011 o frango vivo alcançou valor médio de R$2,03/kg.

Considerado o valor alcançado no final de março, no ano o frango vivo perdeu 18,33% de seu preço. Mas como a maior parte dessa parte ficou concentrada na segunda metade do último mês, o valor médio do primeiro trimestre do ano – R$2,84/kg – ainda permanece favorável ao setor produtivo, visto representar valorização de 36,56% sobre a média registrada em 2012.

De toda forma, uma questão permanece no ar: a religiosidade dos brasileiros continua assim, tão grande, a ponto de causar brechas profundas no consumo de carnes como o frango? Na verdade, a lacuna no abastecimento de pescado que antes surgia em toda Quaresma foi preenchida com o desenvolvimento da piscicultura e a importação de peixes (o salmão chileno e o bacalhau norueguês são hoje pratos rotineiros e fortes concorrentes das carnes – e não só na Quaresma, mas a todo momento do ano.

Paralelo a isso é oportuno considerar que no mês de fevereiro ocorreu (embora ligeiro) aumento na produção de pintos de corte, o que pode ter implicado em maior oferta de carne de frango – sobretudo se as exportações do mês foram limitadas. É apenas uma possibilidade, mas não deve ser ignorada – sobretudo porque o setor precisa preservar a rentabilidade que havia sido perdida.

Fonte: Avisite

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