Publicado em: 01/08/2012 às 11:10hs
No entanto, após cerca de duas semanas de preço estável e de mercado instável, começaram a surgir os primeiros sinais de reversão. Isto, nos quatro últimos dias de negócios do mês. Nesse curto espaço de tempo, o frango vivo não só recuperou o que havia perdido no mês, como também fechou julho registrando – pela primeira vez em 2012 – cotação superior a obtida no primeiro dia de negócios deste ano (R$1,90/kg).
Infelizmente, porém, essa recuperação ocorreu tardiamente. Tanto que o preço médio registrado no mês – R$1,86/kg – ficou apenas 0,21% (ou 1 centavo) acima do alcançado no mês anterior. E, comparativamente ao mesmo mês do ano passado, o ganho foi inferior a 5% (4,89%, na verdade), insuficiente, portanto, para compensar a inflação acumulada nos últimos 12 meses.
Isso, no entanto, é o de menos, pois o frango é alimento com preços reais historicamente decrescentes. Tanto que, na vigência do real (julho de 1994) e até junho último seu preço havia evoluído pouco mais de 200%, enquanto a inflação (medida pelo IGP-DI) apresentava incremento de 382%.
O que não se esperava é que, com uma safra recorde de milho e uma colheita de soja menor que o esperado mas suficiente para atender a demanda interna, as duas matérias-primas básicas do frango – o milho e o farelo de soja – passassem a apresentar uma evolução de preços estratosférica.
Em consequência, ainda que em julho tenha sido obtido o melhor preço de 2012, o setor produtivo não tem o que comemorar, pois, bem ao contrário, enfrenta a pior crise de toda a história do setor.
Fonte: Avisite
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