Publicado em: 09/04/2012 às 11:50hs
Quem resiste ao frango com quiabo e ao molho pardo feitos em fogão à lenha? É essa tradicional culinária que garante um bom mercado aos produtores rurais que investem na avicultura. Mas para ganhar os consumidores, é preciso aprimorar a qualidade da ave. Por isso, moradores de Conselheiro Lafaiete vão participar de um curso sobre a avicultura básica promovido pelo Sindicato dos Produtores Rurais e pelo SENAR MINAS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), de 9 a 12 de abril.
Segundo o instrutor Carlos Roberto Raposo de Souza, o mercado do frango caipira é reprimido. “Pela questão cultural, há um consumo grande no Estado e falta produto.” Ele afirma que se trata de uma opção de renda para o produtor rural. “O tempo de produção de um frango caipira é de quatro meses. O custo, médio, é de R$ 9, por ave, sendo que pode ser vendida por R$ 20 e R$ 25, dependendo da região. O ovo também pode ser comercializado. Um ovo sai para o produtor por R$ 0,08, e chega a ser vendido por R$ 0,30.”
De acordo com Souza, uma vantagem da avicultura é que a atividade demanda um espaço pequeno da propriedade. “Por exemplo, uma produção de cem aves por mês, considerando que sete ficam para o consumo da família e três acabam morrendo, sobram 90, que vendidas por R$ 20, geram uma renda de R$ 1.800. Tirando os custos, o produtor fica com R$ 1.100 livres. Isso, usufruindo de um espaço de mil metros quadrados, uma área bem pequena.”
O curso
No curso, será abordado a questão da higiene, limpeza e desinfecção do galinheiro e chocadeira, a aplicação de vacina, implantação de piquetes, o manejo, a alimentação alternativa, dentro outros pontos. “O objetivo é melhorar a produtividade, adequando às exigências do IMA e MAPA [Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento]”, destaca o instrutor.
Souza aponta os erros que muitos produtores cometem. “Eles misturam aves de diferentes tamanhos e espécies num mesmo galinheiro e não têm constância na produção.” Ele ressalta, ainda, a importância do curso. “Com o treinamento, o homem do campo passa a usar a alimentação alternativa, ou seja, frutas e verduras no lugar do fubá de milho, um grão caro. Investe na vacinação para evitar a mortalidade. Sem a vacinação é comum a perda de 70% dos pintinhos, com a aplicação, o índice cai para 3%. Além disso, o produtor aprende a obter uma renda mensal constante.”
Fonte: Assessora de Comunicação SENAR Minas
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