Avicultura

Criador alega prejuízos com Grupo Marfrig em Nuporanga em SP

Um grupo de criadores de frango de Nuporanga alega prejuízos com quebras de contratos pelo Grupo Marfrig


Publicado em: 28/06/2012 às 15:10hs

Criador alega prejuízos com Grupo Marfrig em Nuporanga em SP

A empresa é dona da marca Seara e tem uma de suas unidades na cidade, com capacidade de abate de 183 mil frangos por dia.

A quebra de contrato atingiria 12 aviários localizados em pelo menos 5 cidades no entorno de Nuporanga. O prejuízo é de parceiros criadores, que recebem o pagamento por produção.

Segundo um dos produtores, Emerson Quereza, que tem dois galpões de criação de frangos em sua propriedade, a 13 quilômetros de Ituverava, ele teria sido incentivado a criar estrutura de ponta para vender frangos para a Seara. O contrato do produtor foi firmado em 2007 pelo prazo de 12 anos.

Naquele ano, a Seara era parceira da americana Cargill na criação de aves. Em 2009, a Seara foi vendida para o Grupo Marfrig.

No último dia 22, segundo ele, três dias depois de entregar pintainhos para engorda, a Seara encaminhou um documento informando que em 60 dias o seu contrato será quebrado.

Ele ameaça ingressar na Justiça para reverter o prejuízo que alega ter. Ele deve pedir R$ 7,2 milhões de indenização à empresa.

Para incentivar a construção de galpões, avaliados em R$ 400 mil cada um, os parceiros da empresa contaram com recursos do BNDES, dinheiro repassado pelos bancos aos produtores. O investimento tem prazo de pagamento de 8 anos. Quereza quitou o pagamento do financiamento antes e acha que esse é um dos motivos da rescisão contratual.

Outro lado

Por meio de nota, a Seara informa que realiza ajustes no complexo agropecuário de Nuporanga.

"A empresa entende a insatisfação dos 12 produtores desligados, contudo a decisão é necessária para o equilíbrio econômico e a competitividade de todo o sistema Nuporanga, formado por 256 produtores parceiros".

"A Seara respeita e cumpre todos os contratos assumidos em qualquer tempo com seus produtores integrados, inclusive aqueles que estão atrelados a financiamentos bancários", diz na nota. "Todas as cláusulas contratuais são respeitadas de modo que os produtores não sejam prejudicados. Ajustes entre oferta e demanda são vivenciados por todas as empresas do setor", informa.

Fonte: A cidade

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