Publicado em: 06/01/2012 às 15:30hs
No sítio da família Ângeli, em Toledo, no oeste do Paraná, os irmãos Danilo e Divalcir recebem os pintinhos e a ração da indústria e entram com a estrutura física e mão de obra. Na produção integrada o pagamento depende da eficiência do lote. Ganha mais o criador que produz frangos mais pesados, com menos ração. Este ano, a média de foi R$ 0,47 por ave. No ano passado, os criadores recebiam R$ 0,42 por ave.
“Produtores com tecnologia mais aperfeiçoada conseguem até R$ 0,55 por ave, o que estimula o produtor a trabalhar cada vez com mais afinco na atividade e causa aumento no retorno”, diz Luiz Ari Bernartt, presidente da Aviopar.
O bom desempenho do setor em 2011 também foi sentido pela indústria. As exportações cresceram 2,3% em quantidade e quase 7% em faturamento. O consumidor brasileiro também ajudou a manter os preços para o criador de frango.
“No Brasil tem aumentado o consumo de frango. No ano passado, consumimos em torno de 44 quilos por habitante. Este ano, estamos consumindo pouco mais que 46 quilos por habitante. Então, tivemos um acréscimo de pouco mais de dois quilos por habitante”, esclarece Dilvo Grolli, presidente da Coopavel.
A carne de porco também esteve mais presente na mesa do consumidor. O mercado interno segurou as contas. O ano de 2011 não foi bom para as exportações de carne suína. As vendas caíram 5% em quantidade em relação a 2010. O que não foi exportado sobrou para o mercado interno e o consumidor brasileiro ajudou a equilibrar as contas.
O produtor independente Darci Backes arca com todos os custos da criação e vende para quem paga mais. Além de não investir, o criador precisou cortar as despesas para conseguir se manter na atividade. A economia na conta de luz e a troca de algum item da ração foram medidas importantes em um ano que não foi fácil nas granjas. “O preço puxou um pouco no final do ano, o produtor independente melhor e está tendo um resultado pequeno. Mas na soma de todos os meses, ele ainda está com um saldo negativo”, avalia.
O produtor independente Pedro Musfatto, que entrega 500 leitos por mês, diz que o ano não foi fácil, mas que o final de ano está sendo mais tranquilo para o setor. “O mercado interno é o que a gente espera que vá crescendo. Esse consumo terá e depois saberá o que se pode produzir”, explica.
Fonte: Globo Rural
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