Publicado em: 20/03/2012 às 18:30hs
Assim, por exemplo, embora a gaiola convencional esteja proibida, produtores de diversos países da UE continuam a utilizá-las, pois – esses são os principais argumentos ouvidos no setor – a atividade não propicia rendimento que permita a substituição dos dispositivos condenados pelas gaiolas “enriquecidas”, nem os governos locais disponibilizaram ajuda financeira para essa substituição.
A realidade é que, sem a participação oficial, grande número de produtores teve como única opção para atender as exigências legais a criação “free-range” (ar livre) ou em galpões, mas sobre piso, o que vem conduzindo a uma sensível redução na produção de ovos. O que resulta numa oferta inferior à demanda e, claro, em forte elevação dos preços – um desdobramento indesejável no atual momento econômico da UE.
Simplificando, os países membros da União Europeia vão ter que recorrer com mais força ao mercado externo para garantir a normalidade do abastecimento de ovos. O que deve abrir novas oportunidades para países fornecedores como, por exemplo, o Brasil.
Mas mesmo isso não virá “de mão beijada”. Pois, não fossem suficientes as pesadas exigências de ordem qualitativa que a UE impõe ao produto importado, as entidades avícolas locais agora se movimentam para impedir (ou, ao menos, dificultar) a entrada de ovos que não sejam produzidos de acordo com as normas ora vigentes na UE.
Resta saber como se comportarão as autoridades europeias, ora enfrentando toda uma série de movimentos sociais. Curvar-se-ão a mais um problema na área, neste caso representado pela elevação abrupta do preço de um alimento essencial e normalmente acessível?
Fonte: AviSite
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