Publicado em: 29/07/2013 às 11:10hs
O principal responsável por esse desempenho é o frango, cujo VBP, isoladamente, pode corresponder a 86% do VBP bovino, enquanto no ano passado correspondeu a não mais que 68%.
Ao citar que o VBP da pecuária brasileira deve aumentar 9,1% em 2013, a CNA também menciona que “o destaque no faturamento do setor agropecuário continua com a avicultura, pois [o frango] apresenta uma elevação de 23,5% no faturamento bruto, atingindo [VBP de] R$52,3 bilhões no ano corrente”. E conclui que a expectativa do setor é a de que os preços da carne de frango para o segundo semestre permaneçam em patamares elevados em relação ao ano anterior, fato devido, principalmente, ao aumento da demanda do produto esperado para esse período, em meio a uma oferta mais restrita, “a qual se deve à redução da produção no final de 2012 e no início de 2013 – período de alto custo com alimentação pela valorização dos preços da soja e do milho”.
A despeito de serem alvissareiras, as projeções da CNA em relação ao frango precisam ser encaradas com alguma cautela. É que a previsão de aumento de 23,5% no faturamento anual baseia-se não só em uma expansão de 19,7% no preço médio real do produto, mas também em um incremento de 3% no volume produzido. E, no entanto, a própria CNA comenta que a oferta será mais restrita.
A propósito, a entidade-mãe da avicultura (UBABEF) já comentou, recentemente, que será difícil o setor chegar, em 2013, à produção alcançada em 2012. E não só por ter ocorrido redução no início do ano, mas sobretudo porque as dificuldades enfrentadas no ano passado levaram a uma redução substancial no alojamento de reprodutoras de corte – que, pelo comportamento do mercado, já começam a fazer falta, pois a produção de pintos de corte vem sendo bem restrita.
Quanto ao preço médio, é difícil, doravante, o setor repetir o desempenho do segundo semestre do ano passado, quando a cotação do frango chegou a alcançar valores 40% superiores aos praticados atualmente. Primeiro, porque a situação econômica (principalmente a do consumidor) não permite. Segundo, porque houve uma minimização da principal causa da explosão de preços do frango no ano passado – a alta nos custos das matérias-primas. Assim, a primeira tendência é a de um preço real negativo no semestre. Independente até de uma menor oferta.
Fonte: Avisite
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