Publicado em: 19/02/2013 às 10:20hs
Com isso, a possibilidade de alcançarem-se os 13 milhões de toneladas fica postergada para 2014, pois o previsto para este ano não vai além de 12,835 milhões de toneladas – o que significa, também, que a produção de 2011 continua como recorde do setor.
Índice de evolução ainda mais moderado está previsto para o consumo interno: menos de 1% de incremento, o que configura expansão per capita negativa pelo segundo ano consecutivo. O endividamento do consumidor brasileiro e a elevação contínua dos preços do frango – em contraposição aos preços mais moderados da carne bovina – estão entre as razões que sugerem o resultado apontado.
Nesse contexto, o melhor desempenho está reservado para as exportações, ainda assim com expansão também discreta: algo próximo dos 3% em relação a 2012, evolução que tende a centrar-se no frango inteiro, de um lado, e, do outro, no aumento das vendas de cortes (principalmente, patas de frango) para China e Hong Kong.
O relatório também menciona a expectativa de aumento das exportações para o Egito e o Iraque e cita três fatores que hoje representam desafio para os exportadores brasileiros:
1) Elevação dos custos de exportação em decorrência do aumento dos custos de produção do frango – um problema que vem desde o segundo semestre de 2012 e que deve estender-se por todo o 1º semestre de 2013. Isto, a despeito da desvalorização do real.
2) Incertezas decorrentes da crise econômica mundial, especialmente na Europa, o que tende a impactar negativamente a evolução das exportações;
3) Questões comerciais específicas com três grandes importadores, a saber: Rússia (lenta reabilitação de abatedouros desabilitados), Venezuela (atrasos de pagamento) e África do Sul (aplicação de direitos antidumping).
A ressalvar que os números do USDA para as exportações brasileiras, seguindo metodologia própria, excluem do volume exportado as patas de frango. Daí os números do órgão serem visivelmente inferiores àqueles levantados internamente pela SECEX/MDIC. Daí, também, a disponibilidade interna ser maior que a apontada pelos números brasileiros.
Registre-se de toda forma que, aplicado ao resultado oficial de 2012 (exportação de 3,943 milhões/t de carne de frango) o índice de expansão de cerca de 3% previsto pelo USDA, as vendas externas brasileiras superarão, enfim, os 4 milhões de toneladas.
Fonte: Avisite
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