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Carne de frango é destaque das exportações catarinenses

Tanto as exportações quanto as importações catarinenses do primeiro bimestre de 2012 cresceram acima da média nacional em relação ao mesmo período em 2011


Publicado em: 14/03/2012 às 17:20hs

Carne de frango é destaque das exportações catarinenses

Os embarques do Estado registraram alta de 17% enquanto a média do Brasil foi 7%. De outro lado, as compras de Santa Catarina no exterior também aumentaram 17%, quando o resultado nacional foi de 11,2%. Os dados foram divulgados pela Federação das Indústrias (FIESC), ontem (13).

No acumulado do ano, as exportações do Estado somaram US$ 1,34 bilhão. Já as importações fecharam em US$ 2,45 bilhões, resultando em saldo negativo na balança comercial de US$ 1,10 bilhão.

A carne de frango segue na liderança dos embarques do Estado. No período, as vendas do produto ao mercado internacional somaram US$ 340,3 milhões, valor é 10,1% superior ao registrado em 2011. A carne suína, sexto item da pauta, somou US$ 71,2 milhões. Juntas, as carnes de frango e suína representam 30,5% dos embarques de Santa Catarina.

O diretor executivo do Sindicato da Indústria da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), Ricardo de Gouvea, afirma que as exportações de frango cresceram menos que o esperado por que houve queda no volume dos embarques para importantes destinos, como Irã, Iraque e Japão. "Infelizmente tivemos três mercados que são importantes e reduziram a média de compras, mas nossa expectativa é de retomada para que tenhamos um ano de boa exportação de frango e de suínos", diz.

Apesar da carne de frango ser o destaque na pauta de exportação, Gouvea afirma que a expectativa é que 2012 seja o ano da carne suína. A China habilitou o Brasil para a exportação e as primeiras cargas do produto foram embarcadas no início do ano. "Temos a expectativa que comece a engrenar em termos de volume e de determinados cortes. Há grande expectativa com a possível abertura do mercado japonês e com a Coreia do Sul. São mercados que têm valor um pouco melhor em termos de produto. Também está fechando nos próximos dias o certificado de exportação para os Estados Unidos. Apesar de o país ser um grande produtor, ainda assim esperamos ter um mercado para os suínos", afirma Gouvea.

O Brasil já foi habilitado pelos Estados Unidos. Agora, o governo dos dois países estão discutindo um certificado que contempla os requisitos que a carne e seus derivados devem ter para serem exportados. "Está bem avançado. O documento já foi encaminhado para Washington. Estamos aguardando o retorno", ressalta o presidente do Sindicarnes.

Caso se confirme a abertura dos novos mercados, no momento, não há como mensurar os impactos, no entanto, Gouvea afirma que o Brasil e Santa Catarina conseguiriam uma posição de destaque em termos de exportação de carne suína para o mundo.

Apesar do crescimento nos embarques, o diretor afirma que o câmbio tira os ganhos de produtividade que os exportadores conseguem dentro da fábrica. "Ainda tem os mercados europeu e americano que estão com queda no consumo e isso faz com que não haja possibilidade de negociar preço. O câmbio está tirando muita competitividade do Brasil. Na carne é bem sensível essa questão", salienta.

Outros produtos da pauta de exportação também cresceram. Entre eles, o fumo (38,4%), motores e geradores elétricos (28,5), motocompressores herméticos (15,6%) e blocos fundidos (37%). Pela primeira vez nos últimos quatro anos, a energia elétrica aparece na lista dos embarques.

Em relação aos principais destinos dos produtos catarinenses, os Estados Unidos ocupam a primeira posição, com crescimento de 20,7% no primeiro bimestre no ano. Em seguida, aparecem a Argentina, com alta de 33,2%, os Países Baixos com crescimento de 15% e a China, com elevação de 192,8%. O salto nas vendas ao país asiático se deve ao crescimento dos embarques de soja e seus derivados.

Em relação às importações, dos dez países de quem Santa Catarina mais compra, sete registraram aumento, com destaque para a China (29,4%), Estados Unidos (8,3%), Alemanha (38,6%) e Itália (70%). Os decréscimos foram registrados nas importações do Chile (-9,2%), Argentina (-13,2%) e Peru (-9,2%).

Os valores exportados pelo Estado no bimestre corresponderam a 3,9% das exportações brasileiras. Santa Catarina ocupou a nona posição no ranking nacional.

Fonte: Net Marinha

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