Publicado em: 17/07/2012 às 08:50hs
Ele acrescenta que os funcionários não podem usar qualquer tipo de adorno que possa acumular sujeira, podendo causar algum tipo de contaminação. Cruz destaca que outra regra a ser seguida é o bem-estar dos animais na hora do abate, que também é uma exigência do Ministério da Agricultura.
Sistema de averiguação - Cruz acrescenta que para obter a licença de operação, a cooperativa teve que adotar o sistema de averiguação da qualidade. ''Nossos critérios obedecem aos padrões ISO 9001. Atendemos mais de 300 requisitos de qualidade'', destaca. Ricardo Santin da Ubabef acrescenta que para que uma empresa ou cooperativa possa exportar, ela precisa ser credenciada por órgãos federais de inspeção. Segundo ele, avaliações municipais ou estaduais não são aceitas.
Tecnologia superior - Reinaldo Morais, presidente da BR Frango, indústria localizada na região de Maringá, revela que os abatedouros brasileiros possuem uma tecnologia superior quando comparado aos europeus e norte-americanos. ''Para habilitar uma planta aqui no Brasil, é necessário a implantação de mais de 18 programas de monitoramento'', explica Morais. Ele afirma que itens como a temperatura ambiente do frigorífico, da água e da carcaça dos animais devem estar de acordo com as normas estabelecidas. ''Tudo isso para não haver contaminação.''
Ração - Morais acrescenta que a boa qualidade da ração que os produtores oferecem aos animais é um fator que diferencia a qualidade da avicultura brasileira. ''Damos aos nossos animais alimentos nobres como farelo de soja e milho. Já na maioria dos países produtores mundo a fora, a alimentação é composta por restos de alimentos ou subprodutos de origem vegetal'', destaca. Com relação à biossegurança, o presidente da BR Frango enfatiza que a probabilidade de uma gripe aviária, por exemplo, atingir o Brasil é mínima. O motivo, explica ele, é porque a radiação solar sobre o Brasil é muito intensa e o inverno não é tão rigoroso. ''Temos uma barreira sanitária natural, por isso somos tão cobiçados'', comemora.
Rastreabilidade - O empresário completa que todos os animais que chegam das granjas passam por um programa de rastreabilidade. ''Verificamos os ingredientes da ração utilizada no decorrer da vida dos animais, o desempenho nutricional e também os índices de mortalidade do aviário''. Morais acrescenta que para dar conta do monitoramento de todo o processo, a empresa conta com mão de obra qualificada. O presidente observa que mesmo antes de chegar à indústria, todos os caminhões são desinfectados já na porta da empresa. Com essa atitude, o empresário garante que a produção de 800 toneladas de carne por dia chegue com qualidade à mesa do consumidor seja ele do Brasil ou do exterior. Em número de animais, a empresa abate 420 mil frangos por dia.
Entrada - Segundo Morais, o novo selo criado pela Ubabef vai facilitar a entrada dos produtos por atestar aos compradores todos os procedimentos descritos acima. ''O novo selo da Ubabef exige 70 itens a serem cumpridos, sendo que nós já cumprimos todas'', garante o presidente da BR Frango.
Fonte: Folha de Londrina
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