Os avicultores gaúchos integrados à Doux Frangosul ainda não receberam o pagamento pelos lotes entregues há mais de seis meses. Muitos criadores fecharam os alojamentos.

Há 40 dias, a única fonte de renda do criador Dari Rosso de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, está desativada. Os últimos três lotes de aves entregues à empresa ainda não foram pagos. Cansado de esperar, ele desistiu do trabalho. “A dificuldade está grande. A gente parou porque pararam os pagamentos. Como a gente vem esperando promessa de pagamento e invés de melhorar piora, a gente resolveu dar um tempo para resolver essa situação”, diz.

Muitos dos 2,5 mil avicultores gaúchos integrados à empresa, que estão sem receber há pelo menos seis meses, resolveram fechar as portas causando clima de preocupação e incerteza no campo. Além do atraso nos pagamentos, há registro de falta de ração nos aviários em atividade. Representantes da Fetag, Federação dos Trabalhadores na Agricultura, reuniram-se com a direção da Doux Frangosul.

“A informação que a gente tem é que a Doux Frangosul abriu capital. Existe outra empresa com interesse de aquisição, mas que não foi informado quem seria essa empresa. Por tanto, há uma expectativa muito grande de que a empresa possa reiniciar o alojamento bem como os pagamentos de forma que possa continuar com essa cadeia produtiva”, explica Nauro Nissola, coordenador regional da Fetag.