Aquicultura e Pesca

Desenvolvimento da aquicultura no Brasil é destaque no Congresso de Aquaciência 2012

João Manoel Cordeiro Alves, gerente de produtos de aquicultura da Guabi, destaca o potencial brasileiro para produção de pescados


Publicado em: 29/06/2012 às 14:20hs

Desenvolvimento da aquicultura no Brasil é destaque no Congresso de Aquaciência 2012

O V Congresso da Sociedade Brasileira de Aquicultura e Biologia Aquática (Aquaciência) será realizado na cidade de Palmas (TO), entre os dias 01 e 05 de julho, no Centro de Convenções. O evento reunirá a comunidade científica, profissionais da área e importantes empresas do segmento. O Grupo Guabi estará com stand no evento e equipe técnica para apresentar portfólio de produtos e enfatizar o potencial do mercado brasileiro para criação de pescados.

“O  Brasil  não figura entre os  países que mais se destacam na quantidade produzida, mas possui grande potencial de crescimento. Há registros de aumento em todas as regiões, desde o Sul onde há maior produção até  o Norte, com menor produção, porém com o maior consumo per capta”, ressalta João Manoel Cordeiro Alves, gerente de produtos de aquacultura da Guabi.

A China lidera o ranking mundial de criação de pescados  cultivados com  cerca de 70% do volume produzido. Apesar de não ser o principal produtor, o Brasil dispõe de grandes atrativos que favorecem seu progresso. Este fato deve-se à quantidade e qualidade das águas brasileiras, variedade de ingredientes para fabricação de ração, empreendedores interessados e diversidade de espécies encontradas no país.  Em 2010, a aquacultura brasileira produziu, aproximadamente, 480.000 toneladas de acordo com o Ministério de Pesca e Aquicultura (MPA) e ainda há muito para crescer. O país tem 8.350 km de costa, 5,3 milhões de hectares de águas represadas em reservatórios de hidrelétricas, as quais somadas aos rios, lagoas e lagos representam 12% da água doce mundial.

Para se tornar autossuficiente, o território nacional necessita se estruturar para atender a demanda. O consumo de peixe no mundo alcançou níveis históricos, conforme a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), que contabilizou média de 17 quilos por pessoa em 2010. No Brasil, dados do MPA indicam o consumo de pescado de 9 kg por habitante/ano. Com este resultado, o país se aproxima do patamar considerado ideal pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - 12 kg por habitante/ano.  Dados divulgados pelo MPA também revelam que do total consumido, 69,4% são produzidos aqui e 30,6% vêm de países como Chile, Noruega e Argentina. 

As espécies cultivadas em território brasileiro são menos dependentes de ingredientes de origem marinha (farinha e óleo de pescados), o que nos coloca em posição de vantagem competitiva.  O Brasil é um dos principais produtores de carnes do mundo e o maior exportador. Os subprodutos da indústria da carne (farinha de carne, farinha de sangue, farinha de vísceras) e da agroindústria (farelo de soja, farelo de algodão, glúten de milho, etc.) são ingredientes de qualidade para formular rações para organismos aquáticos junto com o milho, sorgo, vitaminas e minerais.

Para garantir um bom desenvolvimento dos peixes é indispensável oferecer um alimento que supra as  exigências  nutricionais. A linha Pirá Ideal é formulada com base no conceito de proteína ideal, porque “imita” a proteína do corpo do peixe que está sendo alimentado. A proteína da ração tem quantidades e proporções exatas dos aminoácidos essenciais, que irão compor a proteína no organismo do peixe cultivado. As rações são formuladas para cada espécie de peixe. O conceito de proteína ideal requer que as exigências de aminoácidos essenciais sejam satisfeitas com aminoácidos digestíveis. Os peixes, assim como outros animais, não aproveitam integralmente tudo o que consomem.

A utilização da linha Pirá Ideal minimiza as  excretas por serem de alta digestibilidade. São desenvolvidas para não haver falta ou excesso de nutrientes – estes são ingeridos na quantidade exata para cada espécie. Os nutrientes presentes nas defecações são eliminados em menor quantidade nas águas, reduzindo os impactos ambientais da piscicultura e tornando-a uma atividade sustentável econômica e ambiental. Pela semelhança com a composição do corpo do peixe o aproveitamento é maior.

A Pirá Ideal Tilápias é destinada à produção de tilápias: sua composição garante maior ganho de peso aos animais; melhor desempenho e sobrevivência; velocidade de crescimento superior e maior rendimento de filés. Já a Pirá Ideal Redondos possui as mesmas características, mas com proteína ideal para peixes redondos, como pacu, tambaqui, pirapitinga e seus híbridos. A linha conta também com as versões Pirá Carnívoros e Pirá Trutas.

Com 37 anos no mercado, o Grupo Guabi é hoje um dos maiores produtores de rações e suplementos do país e conta com oito unidades fabris localizadas em Campinas (SP), Bastos (SP), Sales Oliveira (SP), Pará de Minas (MG), Anápolis (GO), Além Paraíba (MG), Goiana (PE) e São Gonçalo do Amarante (CE).

Fonte: LN Comunicação

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