Apicultura

Colmeia Viva entrega em dezembro resultados obtidos nas ‘5 bandeiras’ do movimento, desde 2017

Iniciativa da indústria de defensivos agrícolas avança em diversas regiões do País, aproxima agricultores e apicultores e mitiga incidentes com abelhas; parceria com empresas e entidades do agro pesam na redução de ocorrências


Publicado em: 20/08/2020 às 08:20hs

Colmeia Viva entrega em dezembro resultados obtidos nas ‘5 bandeiras’ do movimento, desde 2017

Três anos após dar a partida na execução do Plano Nacional de Ações (PAN), o Movimento Colmeia Viva consolida para divulgar, no mês de dezembro próximo, os dados mais relevantes de sua atuação no ciclo 2017-20. Resultante de uma iniciativa de pesquisa com objetivo de identificar causas de mortes de abelhas no Brasil, concluída em 2018, o PAN investiu em ferramentas, eventos, treinamentos e recursos para incentivar o diálogo entre a agricultura e a apicultura.

As ações do movimento, conforme explica um de seus porta-vozes, o médico veterinário Daniel Espanholeto, especialista em uso correto e seguro de defensivos agrícolas, são organizadas em 5 bandeiras. As âncoras definidas, em resumo, foram a conquista de uma relação produtiva entre agricultura e apicultura; a inserção da abelha no âmbito da agricultura; a complementaridade entre defensivos agrícolas e polinização; a conscientização da cadeia produtiva e a transparência na relação da indústria com o Governo e órgãos oficiais.

“Para cada bandeira, estabelecemos metas que serão entregues, sumarizadas, num relatório voltado a diferentes públicos”, diz Rhaissa Michievicy, engenheira agrônoma, analista de uso correto e seguro do Colmeia Viva. 

De acordo com os porta-vozes do Colmeia Viva, o documento que será publicado ao final do ano demonstrará, em números e informações qualitativas, a relevância do movimento, hoje presente nos principais estados da fronteira agrícola, incluindo São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia e Goiás.

Entre as realizações mais representativas do Colmeia Viva, conforme os porta-vozes, estão a criação do serviço de Assistência Técnica; o desenvolvimento da plataforma Colmeia Viva APP e também de outras ferramentas de suporte, como o Manual de Boas Práticas, além do Guia da Agricultura Amigável às Abelhas. Tais serviços, gratuitos, são disponibilizados no site do movimento.

O Colmeia Viva APP, por exemplo, possibilita ao agricultor e ao apicultor dialogar, em tempo real, mesmo no modo offline, antes de o primeiro aplicar defensivos agrícolas. O aplicativo mapeia ainda, por geolocalização, às colmeias presentes num raio de até seis quilômetros. “O agricultor avisa o apicultor quando aplicará produtos, e o apicultor toma medidas de segurança necessárias às suas colmeias”, esclarece Rhaissa Michievicy.

“O conjunto de ações realizadas nestes três anos respalda o empenho e agrega credibilidade à indústria de defensivos agrícolas, na busca por uma relação mais produtiva entre agricultura e apicultura”, salienta Espanholeto.

Diálogo na pandemia - Rhaissa Michievicy adianta ainda que o serviço Colmeia Viva Assistência Técnica, acessível pelo 0800 771 8000, não foi interrompido nem mesmo durante a pandemia de coronavírus, que persiste desde o mês de março último.

“O diálogo entre o agricultor e o apicultor é a chave da proteção de cultivos e da preservação de abelhas e do meio ambiente. A complementaridade entre agricultura e apicultura concentra a maior parte das ações do Movimento Colmeia Viva, e os resultados desse esforço têm sido cada vez mais valorizados no campo. Durante a pandemia, prestamos inclusive atendimento virtual, envolvendo um grande produtor agrícola, apicultores, consultores técnicos do movimento e empresas de aviação agrícola”, resume Rhaissa.

Segundo os porta-vozes, depois da criação do serviço de Assistência Técnica, e do aumento da utilização das ferramentas disponibilizadas pelo movimento, caíram os relatos sobre mortes de abelhas, ocasionadas por mau uso de defensivos agrícolas, encaminhados aos canais de atendimento do movimento. 

“Esses resultados vêm atrelados à formação de parcerias com órgãos de Governo, entidades da agricultura, como a Aprosoja (produtores de soja), a Andav (distribuidores de defensivos agrícolas) e o Sindag (empresas de aviação agrícola). Grandes empresas, como a Tereos Energia Brasil, player do setor sucroenergético e cooperativas apícolas, caso da gaúcha CooaPampa, deram igualmente contribuições representativas ao êxito das ações do Colmeia Viva”, finaliza Daniel Espanholeto.

Fonte: Movimento Colmeia Viva

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