Publicado em: 20/09/2013 às 19:10hs
O 1º Seminário de Apicultura do Cerrado é direcionado ao fortalecimento da atividade apícola no Centro-Oeste e Tocantins. São esperados 4 mil visitantes, entre apicultores e 300 técnicos, do Tocantins, Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal. O objetivo é sensibilizar a cadeia produtiva para a atividade, em franca expansão, sobretudo para os goianos.
O tema da primeira edição Apicultores Polinizando Inovações será apresentado ao público no Shopping Estação Goiânia (região Central) e, paralelamente ao seminário, haverá a Feira do Mel, para apresentar artigos de interesse do apicultor, com equipamentos e utensílios para a atividade. À comunidade, serão oferecidos produtos à base de mel, própolis, pólen, cera, geleia real, cosméticos, alimentos, itens de saúde e beleza, artesanato temático e oficinas gastronômicas.
O encontro em Goiânia quer promover espaço de debates técnicos para contribuir com o desenvolvimento do setor. A troca de experiências deve estimular o aprendizado, a profissionalização, novas oportunidades de negócio e fomento aos conceitos de sustentabilidade, gestão e inovação, além de fortalecer a agricultura familiar. “O mel produzido na região tem excelente qualidade e já foi, inclusive, reconhecido fora do País. Precisamos trabalhar esse potencial para alavancar a cadeia”, explica o diretor-técnico do Sebrae Goiás, Wanderson Portugal Lemos.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2011), o Centro-Oeste produz apenas 2,8% do mel nacional, mas tem potencial para alcançar o primeiro lugar, que é do Sul (38,9%). “O Cerrado é uma mina de ouro para o mel”, afirma o consultor do Sebrae Goiás, Robson Raad, especialista no assunto. O valor de mercado do mel goiano é o dobro do produzido no Rio Grande do Sul (R$ 12,71 o quilo, contra R$ 6,34). “As floradas do Cerrado possibilitam a produção de mel no período da seca com baixo teor de água (média de 15%; no Brasil, varia de 13,4% a 22,9%), garantindo alta qualidade ao produto”, revela.
Estimativas revelam que apenas 3% do bioma Cerrado seja explorado pela apicultura. A atividade é sustentável e auxilia na preservação do meio ambiente, pois as abelhas são responsáveis por 70% da polinização de culturas como arroz e soja. “Quanto mais abelhas existirem, melhor será a produção agrícola”, diz Raad. Outro fator relevante para o segmento é que não é preciso ser proprietário de terras para criação de abelhas.
A atividade pode ser desenvolvida em forma de parceria – o apicultor espalha as colmeias em propriedades de terceiros e cede uma parte do mel como pagamento pelo uso da terra (normalmente um litro por ano, por caixa). O custo de implantação de uma colmeia gira em torno de R$ 350. A produção, por colmeia, pode variar, dependendo do manejo, de 10 a 30 quilos, por ano, cobrindo o investimento já na primeira temporada.
O 1º Seminário de Apicultura do Cerrado é realizado pelo Sebrae em parceria com Banco do Brasil, Fundação Banco do Brasil, Governo de Goiás, Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater-GO), Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação de Goiás (Seagro), Associação de Apicultores de Formosa e Região (Asafor), além do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Agência Goiana de Desenvolvimento Regional (AGDR), prefeituras de Formosa e Orizona e Cooperativa de Produtores Rurais de Orizona (Coapro) convidadas.
Também atuantes o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Associação dos Apicultores de Goiás.
Fonte: Governo de Goiás
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