Publicado em: 26/09/2013 às 12:30hs
Voltado ao fortalecimento da atividade apícola no Centro-Oeste e Tocantins, Goiânia recebe, de 7 a 9 de novembro de 2013, o 1º Seminário de Apicultura do Cerrado. O evento, cujo lema é "Apicultores Polinizando Inovações", será realizado no pavilhão de eventos do Shopping Estação Goiânia, região central da cidade. O encontro deve reunir cerca de quatro mil visitantes, além de 300 técnicos e produtores de mel de Goiás, Tocantins, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Paralelo ao Seminário, a Feira do Mel vai apresentar artigos de interesse do apicultor, como equipamentos e utensílios para a atividade, e da comunidade, como produtos à base de mel, própolis, pólen, cera, geleia real, cosméticos, alimentos, saúde e beleza, artesanato temático e oficinas gastronômicas.
O encontro promoverá espaço de debates técnicos para contribuir com o desenvolvimento do setor apícola. A troca de experiências estimulará o aprendizado, a profissionalização do setor, novas oportunidades de negócio e fomento aos conceitos de sustentabilidade, gestão e inovação, além de fortalecer a agricultura familiar.
"O mel produzido na região tem excelente qualidade e já foi, inclusive, reconhecido fora do país. Precisamos é trabalhar melhor esse potencial para alavancar a cadeia", explica Wanderson Portugal Lemos, diretor técnico do Sebrae Goiás. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2011), o Centro-Oeste produz apenas 2,8% do mel nacional, mas tem potencial para alcançar o primeiro lugar, que é do Sul (38,9%).
"O Cerrado é uma mina de ouro para o mel", afirma o consultor do Sebrae Goiás, Robson Raad, especialista no assunto. O valor de mercado do mel goiano é o dobro do produzido no Rio Grande do Sul (R$ 12,71 o quilo, contra R$ 6,34). "As floradas do Cerrado possibilitam a produção de mel no período da seca com baixo teor de água (média de 15%; no Brasil, varia de 13,4% a 22,9%), garantindo alta qualidade ao produto", revela.
Meio Ambiente
Estima-se que apenas 3% do bioma Cerrado seja explorado pela apicultura. A atividade é sustentável e auxilia na preservação do meio ambiente, pois as abelhas são responsáveis por 70% da polinização de culturas como arroz e soja. “Quanto mais abelhas existirem, melhor será a produção agrícola”, emenda Raad.
Outro fator relevante para o segmento é que não é preciso ser proprietário de terras para criação de abelhas. A atividade pode ser desenvolvida em forma de parceria – o apicultor espalha as colmeias em propriedades de terceiros e cede uma parte do mel como pagamento pelo uso da terra (normalmente um litro por ano, por caixa).
O custo de implantação de uma colmeia gira em torno de R$ 350. A produção, por colmeia, pode variar, dependendo do manejo, de 10 a 30 quilos, por ano, cobrindo o investimento já na primeira temporada.
O 1º Seminário de Apicultura do Cerrado é realizado pelo Sebrae em parceria com Banco do Brasil, Fundação Banco do Brasil, Governo de Goiás, Federação da Agricultura de Goiás (Faeg), Emater, Associação de Apicultores de Formosa e Região (Asafor), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Agência Goiana de Desenvolvimento Regional (AGDR), Prefeitura de Formosa, Prefeitura de Orizona, Cooperativa de Produtores Rurais de Orizona (Coapro), Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seagro), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Associação dos Apicultores de Goiás.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
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