Publicado em: 18/08/2022 às 10:10hs
Perto de 8h (horário de Brasília), as cotações cediam entre 8 e 11 pontos, levando o novembro a US$ 13,80 e o março a US$ 13,88 por bushel. Quem lidera as baixas na CBOT hoje é o trigo, que cede mais de 2% entre os contratos mais negociados.
Ainda no complexo soja, perdas de mais de 1% para o óleo são registradas, com o dezembro valendo 64,84 cents de dólar por libra-peso, enquanto o farelo sobe tímidos 0,2% no mesmo vencimento.
O mercado futuro norte-americano segue pressionado pelas melhores condições de clima sendo esperadas para o Corn Belt, com chuvas melhor distribuídas e mais volumosas em regiões do norte e oeste do cinturão, beneficiando, principalmente a soja.
No mapa abaixo, do NOAA, o serviço oficial de clima dos EUA, a previsão para 18 a 25 de agosto sinaliza precipitações um pouco mais intensas sendo esperadas para Minnesota, Iowa, Missouri e uma parte das Dakotas. O Texas, enfim, também deve receber algumas chuvas depois de meses de uma seca terrível.
Na outra ponta, atenção à China, ao comportamento de de sua demanda e no impacto dos dados de sua economia para a trajetória do consumo no país. As baixas recentes dos preços já atraem a demanda do maior comprador mundial da oleaginosa e essa expectativa também tem espaço no radar dos traders.
"A queda dos preços já começa a atrair demanda. Ontem traders da soja comentaram sobre 3 navios no PNW para China. Vamos ver se o USDA confirma essas vendas às 10h em seus flashs diários. Na semana passada falam em pelo menos 20 barcos de soja no total, sendo 8 do Brasil, 2 da Argentina/Uruguai e 10 dos EUA. Essa semana a China já teria comprado pelo menos 11 barcos. Traders comentam que a estatal chinesa Sinograin continua pedindo ofertas de soja no PNW", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities.
Correndo por fora, o macrocenário, as questões financeiras e geopolíticas ainda muito nebulosas, mantendo o mercado ainda bastante avesso ao risco. Ainda assim, acompanhando seus fundamentos e recordes no gás natural, o petróleo volta a subir, devolvendo ao WTI os US$ 89,00 por barril.
Fonte: Notícias Agrícolas
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