Publicado em: 16/07/2024 às 11:10hs
O mercado de soja no Brasil enfrenta mais um dia de lentidão, com os produtores retraídos devido à recente queda dos contratos futuros em Chicago. As primeiras indicações para esta terça-feira não mostram sinais de mudança significativa: Chicago iniciou o dia tentando recuperação, mas os ganhos permanecem limitados. O dólar opera em leve baixa, dificultando ainda mais a valorização da oleaginosa brasileira.
Na segunda-feira, o mercado brasileiro de soja ficou praticamente parado, com poucas ofertas. De acordo com a Safras Consultoria, os produtores estão apreensivos com a constante queda dos preços. Nem mesmo as eventuais altas do dólar têm sido suficientes para valorizar a soja brasileira, diante da derrocada das cotações em Chicago.
Em Passo Fundo (RS), o preço da saca de 60 quilos caiu de R$ 130,00 para R$ 127,00. Na região das Missões, o valor reduziu de R$ 129,00 para R$ 126,00 a saca. No Porto de Rio Grande, a saca recuou de R$ 135,00 para R$ 132,00.
Em Cascavel (PR), a saca desvalorizou de R$ 127,00 para R$ 122,50. No Porto de Paranaguá (PR), o preço caiu de R$ 136,00 para R$ 132,00.
Em Rondonópolis (MT), a saca reduziu de R$ 123,00 para R$ 120,00. Em Dourados (MS), o preço diminuiu de R$ 118,00 para R$ 117,00 a saca. Já em Rio Verde (GO), a saca desvalorizou de R$ 119,00 para R$ 116,00.
Os contratos com entrega em novembro registram um ganho de 0,14%, a US$ 10,41 1/4 por bushel. O mercado esboça uma recuperação frente às recentes perdas, incentivando compras de barganha. Contudo, essa reação é limitada pelas perspectivas negativas de preços, com ampla oferta esperada nos Estados Unidos e globalmente, além das incertezas políticas com a possível reeleição de Donald Trump e dúvidas sobre a economia chinesa.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que, até 14 de julho, 68% das lavouras de soja americanas estavam em boas ou excelentes condições, 24% em situação regular e 8% entre ruins e muito ruins. Esses índices permaneceram estáveis em relação à semana anterior.
Na segunda-feira, os preços FOB da soja caíram nos portos brasileiros. Apesar da melhoria nos prêmios - reflexo da lentidão nas vendas pelos produtores -, a queda acentuada dos contratos futuros em Chicago pressionou os preços. A atividade comercial continuou restrita.
Os prêmios de exportação da soja para agosto estavam entre +50 e +60 centavos de dólar sobre Chicago no final da segunda-feira no Porto de Paranaguá. Para setembro de 2024, o prêmio variava de +100 a +140. Para fevereiro de 2025, os prêmios estavam entre -5 e +10 pontos, conforme dados de Safras & Mercado.
O preço FOB (flat price) para agosto variou entre US$ 414,50 e US$ 418,10 por tonelada na segunda-feira. No dia anterior, as cotações oscilaram entre US$ 424,40 e US$ 426,20.
O dólar comercial opera em baixa de 0,23%, cotado a R$ 5,4318. O dollar index (DXY) sobe 0,03%, a 104,23 pontos.
As principais bolsas da Ásia fecharam mistas: Xangai (+0,08%) e Tóquio (+0,20%). Na Europa, as principais bolsas operam em baixa: Paris (-0,84%), Frankfurt (-0,66%) e Londres (-0,51%).
O petróleo registra forte baixa, com o WTI para agosto recuando 1,77%, a US$ 80,46 por barril.
Fonte: Portal do Agronegócio
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