Publicado em: 26/09/2013 às 19:30hs
Os valores de referência dessa matéria-prima, projetados para este mês de setembro pelo Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado (Conseleite), recuaram 0,5%.
“O recuo é muito pequeno e, na prática, significa que os preços estabilizaram”, explica o vice-presidente do Conseleite e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), Nelton Rogério de Souza, reiterando que a produção de leite continua sendo uma das mais rentáveis atividades agropecuárias de Santa Catarina. Acrescenta que “a diminuição da produção nacional e o forte consumo no mercado doméstico contribuíram para essa estabilidade”.
De acordo com projeção do Conseleite, o valor de referência para o leite-padrão baixou 0,5%, neste mês, para R$ 0,9202 o litro. Mesmo assim, o ganho continua muito bom para o produtor, assinala Nelton, enfatizando que, neste momento, a atividade leiteira é a principal, do agronegócio catarinense, a irrigar o campo com recursos financeiros superiores a 180 milhões de reais por mês.
Nelton explica que o preço do leite está aquecido em todo o mundo e não só no Brasil. Por isso, o produto importado de qualquer mercado – Argentina, Uruguai, Nova Zelândia, Austrália, Europa etc – chega ao Brasil com preço igual ou acima do produto nacional. O vice-presidente do Conseleite observa que, apesar das importações de leite do Uruguai e da Argentina, que inundam o mercado brasileiro, os preços praticados pelos Laticínios na compra da matéria-prima continuam elevados.
Na segunda quinzena de outubro, o Conselho volta a se reunir para anunciar os números definitivos de setembro e a nova projeção para o mês seguinte. Embora tenha esses valores como referência negocial, o mercado – como de praxe – está praticando preços superiores. As indústrias de processamento de leite estão pagando pela qualidade, o que representa até 15% a mais nos ganhos do pecuarista. Por isso, o produto acima do padrão tem maior valor de referência, ou seja, de R$ 1,0582.
Santa Catarina é o quinto produtor nacional, o Estado gera 2,2 bilhões de litros/ano. Praticamente, todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 73% da produção. Os 80.000 produtores de leite (dos quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 6 milhões de litros/dia.
Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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