Preços Agropecuários

Mercados agrícolas enfrentam pressões políticas e climáticas no início da semana

Preços de soja, milho e trigo refletem incertezas globais e desafios no campo


Publicado em: 10/02/2025 às 11:05hs

Mercados agrícolas enfrentam pressões políticas e climáticas no início da semana

Nesta segunda-feira, os mercados agrícolas apresentam movimentos mistos, com destaque para a soja, milho e trigo, que enfrentam desafios relacionados a fatores políticos e climáticos.

A TF Agroeconômica reportou que a soja está sendo negociada com leves quedas nesta manhã em Chicago, com o contrato para março cotado a US$ 1.047,75, uma redução de 1,75 pontos. O cenário é impactado pela escalada tarifária proposta pelo governo dos Estados Unidos, que decidiu impor uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio, gerando incertezas no mercado global. Além disso, a entrada da safra brasileira também exerce pressão sobre os preços. No Brasil, o indicador Cepea para a soja recuou para R$ 131,41, uma queda de 0,48% no dia, mas uma alta de 1,88% no mês. O calor intenso nas áreas agrícolas da Argentina contribui para sustentar os preços, pois os riscos para as lavouras permanecem elevados.

"Além da incerteza gerada pela escalada tarifária proposta pela Casa Branca, o mercado opera pressionado pela entrada da safra brasileira. Uma nova onda de calor nas áreas agrícolas da Argentina está sustentando os preços devido aos danos que pode causar às lavouras", comentou um especialista da TF Agroeconômica.

No mercado do milho, o recuo foi observado com o contrato de março no CBOT cotado a US$ 485,75, uma queda de 1,75 pontos. A tensão tarifária gerada pela política de Trump coloca o México, principal comprador de milho dos EUA, em destaque, dado seu papel também como fornecedor de aço para o mercado norte-americano. No Brasil, no entanto, os preços continuam firmes: o contrato para março na B3 subiu para R$ 78,31, uma variação positiva de 0,12%, enquanto o indicador Cepea avançou para R$ 77,24, com alta de 1,07% no dia e 3,00% no mês.

"O limite para o declínio é dado pelo atraso na semeadura da safrinha no Brasil e pela possibilidade de que a nova onda de calor esperada para as regiões agrícolas da Argentina comprometa novamente o estado das lavouras", acrescentou o analista.

O trigo, por sua vez, registrou quedas após acumular ganhos superiores a 4% na semana anterior. O contrato de março no CBOT caiu para US$ 578,25, uma redução de 4,50 pontos, pressionado por vendas especulativas em meio às incertezas políticas nos EUA. No Brasil, os preços apresentaram comportamentos distintos: no Paraná, o indicador Cepea recuou para R$ 1.423,49, uma queda de 0,07% no dia e de 0,19% no mês, enquanto no Rio Grande do Sul, o valor subiu para R$ 1.321,55, com alta de 0,37% no dia e 0,98% no mês.

Fonte: Portal do Agronegócio

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