Magé e Pinheiral firmaram parceria com a Embrapa Agroindústria de Alimentos para participar dos projetos envolvendo os alimentos biofortificados. A partir da técnica de melhoramento genético convencional (cruzamento de plantas da mesma espécie), cultivares de arroz, milho, feijão, mandioca, batata-doce, abóbora e feijão caupi vêm sendo colhidos portando maiores teores de ferro, zinco e pró-vitamina A, assumindo uma importância fundamental no combate à deficiência de micronutrientes, popularmente conhecida como “fome oculta”.

O pesquisador José Luiz Viana de Carvalho, um dos coordenadores da BioFORT, acredita que os cultivares plantados nessas regiões irão beneficiar tanto a alimentação escolar quanto a agricultura familiar. “Depois do piloto no município de Itaguaí, o início das atividades nos municipios de Magé e Pinheiral é um novo passo rumo ao interior do estado e a certeza que estamos levando segunça alimentar ao nosso querido estado do Rio de Janeiro. Em continuação estaremos planejando o início dos trabalhos no município de Rio das Ostras.”

A cidade de Itaguaí possui desde 2010 uma Unidade Demonstrativa de Cultivos Biofortificados instalada na Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, que junto com as escolas municipais parceiras da BioFORT já beneficiam cerca de 20 mil crianças da região.

A “fome oculta” assola uma em cada três pessoas no mundo. Somente a deficiência de vitamina A é responsável por atingir 30% da população infantil mundial, enquanto que no Brasil os números chegam a representar cerca de 13%, segundo dados atualizados da publicação anual da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Assim como a Embrapa Agroindústria de Alimentos, outras 10 unidades fazem parte da Rede BioFORT, são elas, Tabuleiros Costeiros, Arroz e Feijão, Cerrados, Semiárido, Soja, Trigo, Meio-Norte, Milho e Sorgo, Hortaliças, Mandioca e Fruticultura, além de universidades, prefeituras mais os programas de pesquisa HarvestPlus e AgroSalud.