Logística e Transporte

Setor de Cacau e Chocolate Brasileiro Espera Movimentar Mais de R$ 10 Milhões com Exportações

Programa Exporta Mais Brasil promoveu encontros com compradores internacionais em Ilhéus, destacando a qualidade e o potencial das marcas nacionais


Publicado em: 24/07/2024 às 19:40hs

Setor de Cacau e Chocolate Brasileiro Espera Movimentar Mais de R$ 10 Milhões com Exportações

Na última semana, Ilhéus, conhecida como a capital do cacau no Brasil, sediou mais uma edição do programa Exporta Mais Brasil, promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O evento, focado no setor de cacau e chocolates, trouxe 15 compradores internacionais para conhecer de perto a produção nacional e realizar negócios com 29 empresas brasileiras. A iniciativa resultou na expectativa de mais de R$ 10 milhões em negócios nos próximos 12 meses, ressaltando a excelência do Brasil no setor.

Ao todo, foram realizadas 224 reuniões entre as empresas brasileiras e os empresários estrangeiros. Das 29 empresas nacionais participantes, 13 são lideradas por mulheres, representando os estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, São Paulo e o Distrito Federal. Os compradores internacionais vieram de 12 países, incluindo Portugal, Lituânia, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Israel, Islândia, França, Alemanha, Rússia, Bélgica, Países Baixos e Argentina.

A edição contou com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Ilhéus, da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) e do Instituto Arapyaú.

Visitas Técnicas e Imersão no Setor

Como parte do programa, os compradores participaram de visitas técnicas a locais que exemplificam o diferencial brasileiro na produção de cacau e chocolate. Eles conheceram a Fazenda Bonança, da Mestiço Chocolates; a produção de cacau da Dengo Origem; e o Centro de Inovação do Cacau (CIC). Um dos destaques foi a demonstração do sistema cabruca, que cultiva o cacau sob a sombra de árvores nativas, contribuindo para a preservação da Mata Atlântica. Além disso, os visitantes puderam degustar o cacau e o chocolate brasileiros, reconhecendo a qualidade e as inovações do setor.

Para enriquecer ainda mais a experiência, os convidados participaram do Festival Internacional do Chocolate e Cacau de Ilhéus - Chocolat Bahia 2024, em sua 15ª edição. O evento, considerado o maior do gênero na América Latina, atraiu cerca de 65 mil pessoas e gerou um movimento de aproximadamente R$ 25 milhões. A feira foi uma oportunidade para os empresários estrangeiros conhecerem as marcas brasileiras e experimentarem os produtos.

Negócios e Histórias Inspiradoras

Após a imersão na produção local, os 15 compradores internacionais realizaram reuniões individuais com as empresas brasileiras para explorar parcerias e possibilidades de exportação. Entre as marcas presentes, destacaram-se histórias de superação e inovação, como a de Josiane Luz, da Luzz Cacau, e Lucas Arléo e Juliana Torres, da Ju Arléo Chocolates. Josiane, descendente de cacauicultores, transformou a produção de cacau convencional de sua família em uma operação de cacau fino, e posteriormente na fabricação de chocolates. A Ju Arléo Chocolates surgiu após a filha do casal, Ju Arléo, então com oito anos, questionar por que a família não produzia seus próprios chocolates, levando os pais a investir na produção e conquistar prêmios nacionais e internacionais.

Os produtos e as histórias das marcas brasileiras impressionaram os compradores internacionais. Maartje van den Berg, dos Países Baixos, elogiou a diversidade de sabores, enquanto Thorlakur Thor, da Islândia, destacou a paixão dos empresários brasileiros por seus produtos, o que aumentou seu interesse pelos chocolates brasileiros.

O programa Exporta Mais Brasil demonstrou mais uma vez o potencial e a qualidade do setor de cacau e chocolate no Brasil, abrindo portas para novas oportunidades de exportação e parcerias internacionais.

Fonte: Portal do Agronegócio

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