Logística e Transporte

Primeiro navio a metanol verde está a caminho da Dinamarca

Primeiro navio porta-contêiner movido a metanol verde no mundo navega em direção ao porto de Copenhagen, na Dinamarca


Publicado em: 08/09/2023 às 10:00hs

Primeiro navio a metanol verde está a caminho da Dinamarca

O primeiro navio porta-contêiner movido a metanol verde no mundo está navegando em direção ao porto de Copenhagen, na Dinamarca, onde chegará em 14 de setembro para sua cerimônia oficial de nomeação.

Encomendada pela transportadora dinamarquesa Maersk, a embarcação com motor bicombustível foi construída pelo estaleiro Hyundai Mipo, em Ulsan, na Coreia do Sul.

O motor bicombustível permite navegar com o metanol derivado de hidrogênio verde e com o combustível convencional de petróleo.

Entre os setores mais difíceis de descarbonizar, o transporte marítimo contribui com 3% das emissões totais de gases de efeito estufa (GEE), sendo responsável por 90% do volume do comércio mundial.

Para cortar emissões, precisa trocar de combustível -- e é aí que mora o desafio. Altamente dependente do petróleo, o frete marítimo ainda não pode recorrer à eletrificação, como está ocorrendo nos veículos leves, por exemplo, e precisa de novas alternativas de abastecimento.

Entram em cena os derivados de hidrogênio, como amônia e metanol verde, com a promessa de colocar os navios na rota de descarbonização.

São produtos novos, no entanto, além de caros, que precisam de sinais de demanda e incentivos para ganhar escala.

Do lado da demanda, grandes multinacionais com ambições de emissões líquidas zero começam a embarcar no movimento para alavancar o frete marítimo de baixo carbono.

Quando o assunto é incentivo, o exemplo vem da União Europeia, que aprovou em março um regulamento para cortar emissões no transporte marítimo, incentivando o uso de combustíveis sustentáveis.

A partir de 2025, a intensidade de carbono nos combustíveis marítimos usados pelos transportadores europeus deverá cair 2%, com reduções gradativas ao longo dos anos seguintes até chegar a um corte de 80% em 2050.

Fonte: Agência epbr

◄ Leia outras notícias