Publicado em: 14/03/2025 às 09:30hs
A capacidade de movimentação dos navios porta-contêineres no Porto de Paranaguá foi significativamente ampliada após o recente aumento no calado, que é a medida da distância entre o ponto mais profundo da embarcação (quilha) e a superfície da água. Com a alteração, o limite máximo de calado passou de 12,6 metros para 12,8 metros, o que representa um incremento de cerca de 160 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por embarcação.
A atualização do calado foi implementada na sexta-feira, 28 de fevereiro, conforme a Portaria nº 014/2025, publicada na Norma de Tráfego Marítimo e Permanência nos Portos de Paranaguá e Antonina – Edição 2025. A medida foi autorizada pela Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos, com a anuência da Autoridade Portuária e da praticagem local. Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná, destacou a importância da atualização: “Este é mais um passo na jornada que iniciamos em 2019 para tornar o nosso porto cada vez mais eficiente e competitivo no mercado global.”
O Porto de Paranaguá é reconhecido mundialmente como o principal corredor de exportação de frango congelado e detém o maior pátio de armazenamento de contêineres refrigerados da América do Sul, com 5.268 tomadas de energia elétrica. Em 2024, o porto movimentou 1.558.450 TEUs, o que representa um crescimento de 24% em relação ao volume de 2023, que foi de 1.253.204 TEUs. A carne de aves congeladas liderou as exportações, representando 30,5% das cargas movimentadas, enquanto plásticos e produtos químicos inorgânicos somaram 31,4% da importação de contêineres.
Além do aumento recente de calado, outras melhorias importantes foram implementadas em 2024. Nove berços e dois píeres tiveram suas profundidades ajustadas. O berço 201, localizado no corredor de exportação oeste, e os berços 202 e 204, que operam com granéis sólidos de exportação e carga geral, passaram de 12,8 metros para 13,1 metros. Os berços 209 e 211, dedicados à movimentação de fertilizantes, bem como os berços 212, 213 e 214, no corredor de exportação leste, também alcançaram a profundidade de 13,1 metros. Parte do berço 208, que opera com fertilizantes, também foi ampliada, passando de 11 metros para 13,1 metros.
Dois píeres também passaram a contar com maior calado operacional, incluindo o berço externo do Terminal de Uso Privado (TUP) para granéis líquidos e o berço externo do píer da área arrendada de fertilizantes.
A remoção de parte da Pedra da Palangana, concluída em novembro do ano passado, facilitou a passagem entre o canal de acesso ao porto e a bacia de evolução. Esta intervenção contribuiu para reduzir os riscos nas manobras de navios, proporcionando mais espaço, agilidade e segurança na navegação. A obra, que retirou aproximadamente 20 mil metros cúbicos de rocha — apenas 10% do volume total da formação rochosa, estimado em mais de 200 mil metros cúbicos — foi realizada em conformidade com as diretrizes do licenciamento ambiental federal nº 1144/2016, emitido pelo Ibama.
Fonte: Portal do Agronegócio
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