Publicado em: 03/02/2025 às 11:55hs
O Brasil se prepara para um avanço significativo em sua infraestrutura hidroviária com o maior portfólio de investimentos da história, totalizando R$ 4,8 bilhões, conforme previsto no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Este volume de recursos impulsionará a inauguração, construção e manutenção de instalações portuárias de pequeno porte, além de obras de dragagem, sinalização de hidrovias e derrocamento.
Em 2025, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), continuará com a execução de projetos vitais para a expansão da navegabilidade nas hidrovias brasileiras. Entre as obras mais aguardadas está o derrocamento do Pedral do Lourenço, que será iniciado ainda neste ano. Além disso, serão realizadas dragagens nas hidrovias do Tapajós e São Francisco, com a manutenção das hidrovias Madeira, Parnaíba e Paraguai (trecho Sul). No Rio Grande do Norte, será implementada a proteção dos dolfins da Ponte Newton Navarro, aumentando a segurança das embarcações e de todos os usuários da via.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou a relevância dos investimentos, afirmando que, com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil possui atualmente 12.000 km de hidrovias navegáveis, com potencial para alcançar 42.000 km. Ele ressaltou ainda a criação da Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação, que evidencia o compromisso do governo com o transporte de cargas e passageiros em regiões onde outros modais são inviáveis. Nos próximos dois anos, o MPor pretende realizar cinco concessões hidroviárias no país, com a do rio Paraguai sendo a primeira delas.
O MPor e o DNIT também irão investir em obras de engenharia hidráulica, como a construção de eclusas em locais com desníveis nos rios e mares. Os projetos de eclusagem serão implementados nas hidrovias de Sobradinho (Bahia), Jupiá e Três Irmãos (São Paulo), permitindo maior mobilidade das embarcações. Além disso, as Instalações Portuárias Públicas de Pequeno Porte (IP4), responsáveis pelo transporte de 4 milhões de passageiros, também estarão no centro das prioridades do governo.
Na Região Norte, o foco será a recuperação das IP4 localizadas na Amazônia, incluindo as de Borba, Santa Izabel do Rio Negro, Tefé, Parintins, Tonantins, Careiro da Várzea, Eirunepé e Itacoatiara, bem como a de Cai N'Água, em Rondônia. O governo também planeja a construção de novas infraestruturas no Porto de Manaus Moderna, além de diversos outros projetos em cidades da Amazônia, como Lábrea, Jutaí, São Gabriel da Cachoeira e São Paulo de Olivença.
No Amapá, os estudos e projetos para novos empreendimentos estão em andamento em cidades como Calçoene, Macapá, Mazagão, Oiapoque e Laranjal do Jari, visando fortalecer ainda mais a malha hidroviária do estado.
Com um portfólio robusto de investimentos e ações estratégicas, o Brasil se prepara para consolidar as hidrovias como um dos modais mais sustentáveis e eficazes do mundo, contribuindo para o crescimento econômico e a integração de diversas regiões do país.
Fonte: Portal do Agronegócio
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