Publicado em: 11/02/2025 às 19:20hs
O Brasil reafirmou sua posição de maior exportador mundial de tabaco em 2024, com embarques que somaram 455 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 2,977 bilhões. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC/ComexStat), o país manteve sua tradição no mercado global, exportando o produto para 113 países.
O tabaco teve um papel significativo na economia do Sul do Brasil, representando 5% das exportações da região. No Rio Grande do Sul, estado líder na produção nacional, o produto ficou atrás apenas da soja em valor exportado. Apesar das dificuldades logísticas globais que impactaram o volume embarcado, o setor registrou um crescimento de 9,08% nas divisas em relação ao ano anterior.
Segundo Valmor Thesing, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), os resultados ficaram dentro das projeções da Deloitte, com uma queda de 15% no volume exportado e 10,1% abaixo do previsto. No entanto, as vendas externas foram impactadas por gargalos logísticos, intensificados por fatores como conflitos geopolíticos e instabilidades no transporte marítimo.
“Apesar dos desafios climáticos enfrentados na safra 2023/24, incluindo estiagem e enchentes no Rio Grande do Sul, tivemos um desempenho positivo. Não atingimos os US$ 3 bilhões estimados devido a problemas logísticos globais. A produção foi realizada, processada e comercializada, mas parte da carga não pôde ser embarcada dentro de 2024”, explicou Thesing.
O executivo do SindiTabaco mantém um olhar otimista para os próximos anos. "O Brasil é o maior exportador de tabaco desde 1993, e a demanda global segue estável. Para manter nossa liderança, é essencial fortalecer o Sistema Integrado de Produção de Tabaco, garantindo qualidade, rastreabilidade e responsabilidade socioambiental em toda a cadeia produtiva", destacou.
O mercado europeu, que tradicionalmente liderava as importações do tabaco brasileiro, dividiu a primeira posição em 2024 com o Extremo Oriente, ambos respondendo por 34% dos embarques. Na sequência, aparecem África e Oriente Médio (15%), América do Norte (9%) e América Latina (8%). Bélgica, China e Estados Unidos seguem como os maiores compradores, com Egito, Indonésia e Vietnã completando a lista dos principais destinos. Juntos, esses seis países representaram 67% da receita total das exportações brasileiras de tabaco.
Fonte: Portal do Agronegócio
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