Gestão

Sindiavipar se reúne com autoridades em busca de fôlego financeiro

Encontro foi realizado com secretário da Agricultura do Paraná e representantes de instituições financeiras para negociar aumento nos prazos para financiamento


Publicado em: 03/09/2012 às 12:50hs

Sindiavipar se reúne com autoridades em busca de fôlego financeiro

Na busca por alternativas para minimizar os efeitos da crise enfrentada pelo setor avícola nos últimos meses, entidades ligadas à avicultura, entre elas o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), a Ocepar e a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), se reuniram na tarde dessa sexta-feira, (31), com representantes de bancos e o com o secretário de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. A reunião foi um convite do próprio secretário que prometeu auxiliar nas negociações com o Governo Federal e o Ministério da Agricultura.

“O que o setor avícola precisa agora é de fôlego financeiro para pagar os investimentos que já foram feitos. Já desaceleramos a produção em 10% e agora precisamos de ajuda do Governo e dos bancos para liberação de estoques represados e para conter outros prejuízos”, disse Domingos Martins, presidente do Sindiavipar. Ele ressalta que a avicultura paranaense reduziu a produção a contragosto, já que o setor estava embalado por recordes de produção e exportação no primeiro semestre do ano.

Uma nova reunião ficou marcada para o início da semana para apresentação de propostas para por parte dos bancos e do Governo para o setor. A flexibilização para o saneamento de dívidas, não só para as indústrias quanto para seus parceiros e integrados, maior prazo para financiamentos, assim como a possibilidade de um programa de capitalização específico para avicultura por parte do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) estão entre as possíveis medidas a serem adotadas para atender o setor.

Relevância do setor


O setor avícola paranaense emprega cerca de 550 mil pessoas, entre empregos diretos e indiretos, o que representa cerca de 5% da população do Paraná. “Além de gerar um grande número de postos de trabalho, a avicultura atua efetivamente na distribuição de renda e na fixação o homem no campo. São poucos setores produtivos que conseguem fazer isso tão bem”, comenta Martins.

Hoje, o Paraná tem 42 agroindústrias atuando na atividade, entre abatedouros e incubatórios, e mais de 18 mil avicultores integrados. Essas empresas são responsáveis pela produção anual de mais de um bilhão de cabeças de frango – mais de quatro milhões de aves por dia. As 28 indústrias paranaenses habilitadas para exportação vendem todos os anos mais de um milhão de toneladas de carne de frango, injetando na economia do estado mais de US$ 2 bilhões. Todo o frango produzido no Paraná vem das granjas de matrizes espalhadas pelo estado.

Histórico

Maior produtor nacional desde 2000, o Paraná registrou, no último mês de março, recorde histórico de produção de frangos de corte com 125,86 milhões de cabeças abatidas. O segundo maior número do ranking havia sido alcançado em março de 2011, com 120,98 milhões de aves produzidas, de acordo com dados do Sindiavipar. Recentemente, o Paraná também estabeleceu a liderança nas exportações de frango, posição que dividia com Santa Catarina até o primeiro bimestre. Em maio, o estado apresentou novo recorde, desta vez nas exportações. Pela primeira vez superou o patamar histórico de mais de 100 mil toneladas embarcadas para o exterior (117,52 mil toneladas) e de faturamento de mais de US$ 200 milhões (US$ 210,95 milhões).

Atualmente o Paraná comercializa com 130 países em todo o mundo, e é responsável por quase 30% das exportações nacionais de frango. Na lista de principais destinos estão países do Oriente Médio (como Arábia Saudita, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Egito), Japão e China. “Produzimos a melhor proteína animal do mundo, que atinge todas as camadas sociais e não temos nenhum complicador cultural e religioso como é o caso das carnes suína e bovina e barreira financeira como é o caso dos peixes”, conclui Martins.

Fonte: CNC Comunicação

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