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Reunião com Diretora e Conselho Fiscal da ACCS é realizada em Concórdia (SC)

Na última sexta-feira, 19, os membros da Diretoria Executiva e Conselho Fiscal da Associação Catarinense de Criadores de Suínos ACCS, se reuniram em Concórdia, com o objetivo de discutir a situação atual da suinocultura


Publicado em: 24/10/2012 às 17:20hs

Reunião com Diretora e Conselho Fiscal da ACCS é realizada em Concórdia (SC)

Na última sexta-feira, 19, os membros da Diretoria Executiva e Conselho Fiscal da Associação Catarinense de Criadores de Suínos ACCS, se reuniram em Concórdia, com o objetivo de discutir a situação atual da suinocultura e ainda, na pauta do dia, constou: avaliação financeira ACCS, organização da confraternização de final do ano com os mesmos e proprietários de Granjas de Material Genético, diretrizes para 2013, cronograma para Reuniões dos Núcleos Regionais, e ainda, a apresentação do Planejamento Estratégico da ACCS.

Um dos assuntos discutidos e esclarecido aos demais, foi o planejamento estratégico da entidade, onde foi apresentado as diretrizes para os próximos cinco anos. De acordo com Leonir Grigollo, foi unânime a aprovação do plano pelos presentes. “Minha preocupação era que a Diretoria entendesse o que realmente era o propósito do plano, que é uma ferramenta de administração usada por muitas empresas, e conseguimos passar a mensagem de que é necessário adotar esta metodologia para nortear as ações” explica.

Na oportunidade o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, levou ao conhecimento de todos as ações que a Entidade vem realizando para buscar alternativas para o setor, destacando o movimento realizado em Braço do Norte. “Apesar de grande e importante manifesto realizado em Braço do Norte que acordou a suinocultura do País e o realizado em Brasília, ainda não houve mudança na realidade do campo e nós produtores, ainda continuamos tendo um forte prejuízo na atividade, as ações prometidas por parte do Governo Federal não trouxeram o resultado esperado, pois as que implantaram demoraram demais e a realidade daquele momento já não mudava mais com tal ação”.

Durante o encontro, os presidentes dos Núcleos Regionais de Criadores de Suínos de Braço do Norte, Joaçaba, Chapecó e São Miguel do Oeste fizeram uma avaliação da situação atual da suinocultura e perspectivas para os próximos meses. Segundo Lorenzi foi um ano muito difícil para a suinocultura, além do setor de carnes o segmento dos grãos também interferiu e muito para a atividade. “Os produtores estão pagando as contas e não conseguem lucrar com a suinocultura, por isso precisamos agir com cautela” destaca.

Para Adir Engel, Presidente do Núcleo Regional de Braço do Norte, o momento atual é um pouco melhor. “Já estamos com dias melhores, porém o grande problema ainda é o custo de produção, mesmo com o valor do suíno aumentando, chegando ao valor de R$ 3,00 que está praticamente chegando ao valor do custo de produção, contudo a situação ainda é muito preocupante. Alguns produtores deram o prazo de até final do ano, caso não tenha uma melhora, eles irão desistir da atividade, principalmente os independentes. “Há muita dívida para ser paga ainda, e esta é uma grande preocupação dos nossos produtores de suínos. Adir destaca que a maior preocupação continua sendo a vinda do milho para a região.

Já o Francisco H. Cordeiro, Conselheiro Fiscal da Entidade, enfatiza que a situação da atividade em sua região é quase a mesma de todo Estado, porém ele acredita que esteja um pouco pior, devido o custo de produção que está muito elevado. “O farelo de soja está muito alto e não temos mais milho e o milho do governo não chega, está uma situação muito difícil” diz. A comercialização também é um grande problema, pois não está cobrindo o custo de produção, segundo Cordeiro. E perguntado da expectativa para os próximos meses ele declara: “Como dizem, que o suinocultor é teimoso, acredito que o produtor que agüentou até agora, pois muita gente já parou na região, talvez quem conseguir aguentar mais um pouco até na próxima safra, quem sabe estes possam continuar na atividade”.

Para Vison Spessatto, presidente do Núcleo Regional de SMO, ele acredita que tendo em vista o aumento do suíno nas últimas semanas a situação na região está um pouco melhor, porém o que mais está afetando o produtor para ter uma rentabilidade no setor é o alto custo de produção. “Para os próximos meses o produtor tem a esperança que ocorra uma boa safra de milho na nossa região e a partir do ano que vem quem sabe o preço se mantenha, para o produtor de suíno poder pagar sua conta e começar a ter lucro na atividade”.

O presidente do Núcleo Regional de Chapecó, José Cléo Kuntz, se diz preocupado com a suinocultura em sua região. “Fazendo uma análise da minha região, não sabemos mais nem o que dizer, produtores estão parando com a atividade e outros pensando em parar, é um problema muito grande. Hoje a suinocultura independente em São Carlos, praticamente está acabando, pois temos hoje cinco ou seis produtores persistindo”. É unânime entre todos os presidentes quando perguntamos qual é a maior dificuldade que eles enfrentam, e para Cléo não é diferente, o custo de produção é o que mais está afetando a criação. Ele diz que o próprio milho da Conab não chega a tempo hábil. “A expectativa para o próximos meses são de manter o plantel, mantendo o preço, ou seja, pelo menos empatar ou até mesmo perder menos do que já se perdeu até o momento, e fazer  com que a próxima safra seja uma safra recorde, pois as previsões é para uma boa safra, que isso possa dar um pouco de subsídio ao produtor e que diminua um pouco o custo de produção”. Para finalizar, Cléo diz que outra questão são as dívidas do produtor, precisamos renegociar com o governo, pois o prazo termina no dia 15 de fevereiro de 2013. “Depois desta data o que será feito, precisamos buscar alternativas, pois caso contrário não saberemos o que irá acontecer com a nossa atividade” finaliza.

Fonte: ACCS - Associação Catarinense de Criadores Suínos

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