Gestão

Queda no custo de logística chega a 70% em MT

Produtores rurais de Mato Grosso têm intensificado a cobrança pela implantação de hidrovias no Estado


Publicado em: 13/08/2012 às 19:00hs

Queda no custo de logística chega a 70% em MT

O modal, que facilitaria o escoamento da produção agropecuária para os portos do Norte do país, garante uma redução de até 74% nos gastos com fretes. A hidrovia nos rios Teles Pires e Tapajós tem sido o principal objetivo da categoria como forma de garantir maior competitividade para agricultores e pecuaristas local.

Em um estudo apresentado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), no trecho, por exemplo, partindo de Sorriso, seguindo para o porto de Santos, via estradas e ferrovia, o produtor desembolsa cerca de R$ 227,15 por tonelada. Já o mesmo trecho, porém, seguindo pela BR-163 e sendo escoado via hidrovia, o custo seria de R$ 60,12 a tonelada. Uma redução de quase 74%¨.

O transporte pela hidrovia do Teles Pires-Tapajós vai proporcionar ao ano uma economia de R$ 2 bilhões em fretes aos produtores.

Um outro aspecto do modal, é que além do custo menor, as hidrovias são menos poluente. Um comboio, por exemplo, com 15 barcaças equivale a 1.050 caminhões. Isto representa menos emissão de CO² (dióxido de carbono), que são gases que causam o efeito estufa.

De acordo com o diretor do Movimento Pró Logística, durante o lançamento do “Hidrovia Já’ que tem como objetivo a discussão e a participação da sociedade, em Sinop, o Departamento de Programas de Transporte Aquaviário do Ministério dos Transportes, confirmou que já está em processo de licitação o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da bacia do Tapajós. Esse estudo inclui todos os rios, inclusive o Teles Pires, o Juruena e o Arinos.

CONQUISTA

Conforme Vaz, esse é um grande passo que tem animado o setor, uma vez que o EVTEA irá comprovar tudo que já vem sendo dito pelo setor e apresentar as informações sobre a viabilidade da hidrovia, além de identificar exatamente quais são as intervenções necessárias e os custos para implantação. “É uma conquista, pois teremos um pesquisa oficial que irá mostrar a importância da hidrovia”, explica.

Outra luta dos produtores é com relação a construção de eclusas nas obras das hidrelétricas já previstas ou em andamento. Em Sinop, o setor produtivo vem conseguindo por meio de audiências e debates evitar que a hidrelétrica de Sinop saia sem a previsão de construção da câmara para eclusa. Vaz explica que esse passo também é muito importante para a consolidação das hidrovias. De acordo com o representante, a construção de eclusas depois da barragem é muito mais cara e complexa. O valor de uma eclusa construída em conjunto com a obra de uma hidrelétrica representa 7% do valor total. Feita isoladamente passa a custar 30% do valor da hidrelétrica.

Fonte: Folha do Estado

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