Publicado em: 15/07/2013 às 12:10hs
“E não estamos falando de muito, basta garantir a conclusão da BR-163, de ferrovias estratégicas como a Norte-Sul, a FICO (Ferrovia de Integração Centro-Oeste) e a FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), ainda essa década. Basta tirar do papel a Hidrovia do Paraná, do Teles Pires-Tapajós, do Arabguaia-Tocantins. Será possível que estamos falando algum absurdo? Não, absurdo é não escutarem o que estamos dizendo!”, destacou em um trecho.
Glauber lembrou que há dez anos o grão está dentre os cinco principais produtos enviados ao mercado exterior, se alternando na liderança com minério de ferro e petróleo, e esteve no primeiro lugar em 2009, quando foram movimentados US$ 17 bilhões, de acordo com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio. “Motor do desenvolvimento no interior do Brasil, com a vinda da cultura, cidades e municípios inteiros emergiram onde antes não havia nada, como Primavera do Leste, Sorriso, Sinop, enquanto outros experimentaram um desenvolvimento espantoso como Rio Verde, Jataí, Luís Eduardo Magalhães, Vilhena e tantas outras”, afirmou.
Além das exportações, Silveira destacou que o grão também influencia na geração de empregos e desenvolvimento social. “A soja no Brasil não é produzida por uma ou meia dúzia de empresas. Conta com mais de 220 mil pequenas, médias e grandes empresas de produtores, que geram milhões de empregos por todos os cantos do Brasil, cerca de 6 milhões de trabalhos diretos e indiretos”, disse. “Onde tem soja o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é sempre melhor comparado com o resto do país e com o estado, basta ver os números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Um exemplo, o IDH de Rondônia é de 0,75 que é considerado médio, contudo Vilhena teve seu IDH revisto no último ano para 0,84 que é considerado alto. E assim se repete em todos os municípios brasileiros produtores de soja”.
Com a infraestrutura de logística necessária, o presidente frisou mais recursos para investimentos na produção e expansão, em uma situação hipotética. “Imagine que hoje, a um preço de 26 dólares a saca, o produtor paga 9 dólares de frete, sobrando 17 de renda bruta. Agora imagine que houve a revolução de logística e infraestrutura no país que todos esperamos. Resolvemos os eventuais problemas de frete de retorno, temos rodovias ideais, ferrovias para as maiores distâncias e hidrovias estratégicas funcionando. Esse frete poderia cair 30% segundo especialistas, ou seja, iria para 6,3 dólares por saca. Isso geraria um impacto positivo na intenção de plantar e os mercados internacionais reagiriam com uma perspectiva de aumento de produção e queda de preço. A cotação da soja poderia baixar para 24 dólares a saca (-7%), que o produtor ainda receberia mais, cerca de 17,7 dólares por saca (+4%)”, argumentou. “Não resta dúvida, trata-se de uma questão de priorizar o que é prioridade. O que a soja brasileira espera é apenas o reconhecimento do seu valor, tendo em contrapartida de tudo que tem feito pelo Brasil”, destacou em outro trecho.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias
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