Publicado em: 15/02/2012 às 10:25hs
Com o objetivo de buscar espécies adaptáveis às condições do Estado do Mato Grosso, a Embrapa Agrossilvipastoril apresentará, no próximo dia 17, opções de plantas de cobertura, de adubos verdes e de forrageiras disponíveis para os sistemas produtivos utilizados região. O evento acontecerá no 2º Dia de Campo da Embrapa Agrossilvipastoril, que abordará, ao longo de sete estações, diferentes questões ligadas à integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Entre as vantagens da utilização das plantas, está a redução do custo de produção.
Em uma das estações, serão apresentadas plantas de cobertura e adubos verdes recomendados para as condições naturais matogrossenses. Entre as espécies abordadas estão as gramíneas já utilizadas na agricultura local, como o milheto e o consórcio do milho com a Brachiaria ruzizienses, além de leguminosas que ajudam na fixação de nitrogênio no solo como feijão-caupi, crotalária, guandu e labe-labe.
As plantas de cobertura, as gramíneas principalmente, já têm certa indicação aqui na região, já fazem parte dos sistemas. Os adubos verdes, por sua vez, que também são plantas de cobertura, serão apresentados como opções, principalmente para sistemas de produção em pequenas propriedades — explica Sílvio Spera, pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril.
Segundo ele, a utilização de plantas de cobertura nada mais é do que a tentativa de instalar o plantio direto na região, diminuindo assim os riscos de erosão e a perda de água. Ele acrescenta ainda que o milheto e o sorgo são excelentes opções tanto para pequenos quanto grandes agricultores.
Entre as vantagens, o adubo verde fornece o nitrogênio para o solo, que é o mais caro dos nutrientes, reduzindo assim o uso de fertilizantes industriais. Já o sorgo, oferece uma produção a mais de grãos para o produtor. Isso traz uma redução de custos para a produção — diz Spera.
Já no 2º Dia de campo, também haverá uma estação sobre plantas forrageiras. Nesse espaço, os pesquisadores apresentarão as características de cada espécie, além das diferentes opções que os produtores têm para a alimentação do gado de leite e de corte.
Estamos introduzindo uma coleção de forrageiras oriundas de Campo Grande. Buscamos forrageiras para gado de corte e de leite. Além do feijão caupi, estamos testando crotalárias, que não são comestíveis, mas produzem grande quantidade de massa verde e de nitrogênio no solo — completa o entrevistado.
Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Agrossilvipastoril através do número (61) 3448-4433.
Fonte: Kamila Pitombeira
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