O programa é uma iniciativa do SENAR-MS, que busca estimular as mulheres a intensificar sua participação nos negócios que envolvem a propriedade e ao mesmo tempo, oferece uma capacitação profissional.

Durante o as aulas, as alunas recebem noções básicas de empreendedorismo, planejamento e gestão financeira, além de conhecimento das leis trabalhistas, ambientais e sanitárias. São cinco módulos, organizados em uma sequência que permite que o aluno adapte aquilo que aprendeu em sala de aula à sua realidade na propriedade.

Para a coordenadora do programa Pauline Cury, os resultados gerados com o Com Licença Vou à Luta são positivos porque auxiliam as participantes a melhorar os negócios já existentes na propriedade, ou contribui para a implementação de novos projetos. “Orientamos essas mulheres a fazer um diagnóstico da propriedade, selecionar ideias e analisar a viabilidade da sua atividade.” explica a analista. Isso melhora o relacionamento delas com o mercado de trabalho que só na região de Três Lagoas, emprega cerca de 844 mulheres no ramo do empreendedorismo, segundo dados do Sebrae.

O sucesso do programa foi tanto que no município de Anastácio, as turmas capacitadas no Com Licença Vou à Luta se uniram para montar uma associação e hoje trabalham vendendo produtos feitos a partir da Castanha de Cambarú. “O programa mudou a vida de muitas mulheres aqui do assentamento São Manuel. Com o que aprendemos em sala de aula, pudemos montar a cooperativa e hoje temos uma renda semanal extra com as vendas que fazemos na feira do produtor.”, conta a assentada Maria Lucia de Moraes Lima.

Além dos doces e salgados vendidos na feira, a associação promove uma ação de responsabilidade ambiental contra a derrubada das árvores de Cambarú. “A árvore é muito comum em pastos os frutos também servem de alimento para o gado. É muito nutritivo. Então a árvore não é importante apenas para nós. Sem contar que essa castanha de Cambarú é típica dessa região.”, finaliza Maria Lúcia.