O Grupo JBS, que possui cinco unidades em operação em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Campo Grande (duas), Naviraí, Ponta Porã e Coxim, detém 37% do mercado de abates no Estado e com a aquisição das duas plantas do frigorífico Independência, sua fatia pode chegar a 46%. Os dados, que revelam a concentração no setor são do estudo da Unidade Técnica Econômica da Federação de Agricultura e Pecuária (Famasul), que mapeou as plantas instaladas no Estado.

De acordo com a economista e assessora técnica da Famasul, Adriana Mascarenhas, o levantamento foi realizado com base em dados coletados junto a Superintendência Federal de Agricultura (SFA/MS). As unidades frigoríficas com SIF são responsáveis por 95% de todo o abate realizado no Estado.

"Essa pesquisa visa dar suporte às discussões em torno da concentração na indústria de frigoríficos e subsidiar os produtores rurais, sindicatos rurais, governo e agentes de interesse, com informações reais para avaliação do cenário observado, de modo a contribuir para tomada de decisões do setor", diz Adriana.

Conforme o estudo, Mato Grosso do Sul conta com 35 unidades frigoríficas (SIF) instaladas para o abate de bovinos, das quais 25 encontram-se em operação e se distribuem por 19 municípios do Estado. Na capital, Campo Grande, concentram-se 4 unidades em atividade, e as demais estão espalhadas pelo interior.

A capacidade total dos projetos dos frigoríficos em operação permite ao Estado uma capacidade de abate de até 16,4 mil cabeças de bovinos por dia. Tomando como referência dados do SIF do mês de março de 2012, a capacidade industrial utilizada tem sido de 81%, com uma média de abate diário de 13,2 mil cabeças. De forma geral, a taxa média da capacidade ociosa da indústria frigorífica está em torno de 19%.

Nas plantas frigoríficas de maior porte destaque para as unidades da JBS de Campo Grande e de Naviraí, e a unidade do Marfrig de Bataguassú, todas com capacidade de abate diário acima de 1 mil cabeças.

Outras empresas do setor

Depois do JBS, o estudo da Famasul aponta o Marfrig com o segundo maior grupo do setor em operação no Estado. Com duas plantas em atividade, a empresas tem 11% da capacidade de abate. Depois vem a Navi Carnes, também com dois frigoríficos operando e 7% de fatia do mercado e o Minerva, com uma unidade e 5% de participação em âmbito estadual.

Os outros 40% do mercado estão divididos entre outros 15 frigoríficos.
 
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