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Inadimplência no Campo: Apenas 7% dos Proprietários Rurais Foram Afetados no Primeiro Trimestre de 2024

Pequenos Proprietários e Setores Relacionados ao Agronegócio Apresentam Cenário Favorável


Publicado em: 25/07/2024 às 09:30hs

Inadimplência no Campo: Apenas 7% dos Proprietários Rurais Foram Afetados no Primeiro Trimestre de 2024

Dados recentes da Serasa Experian revelam que, no primeiro trimestre de 2024, a inadimplência afetou apenas 7,3% dos proprietários rurais atuando como pessoa física no Brasil. Este índice representa um aumento moderado de 0,8 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Marcelo Pimenta, head de agronegócio da Serasa Experian, considera o resultado relativamente positivo, dado o cenário desafiador enfrentado pelo setor. Segundo Pimenta, "apesar da queda nos preços das commodities e do aumento dos custos dos insumos agropecuários, a taxa de inadimplência se manteve praticamente estável. A maioria dos proprietários rurais brasileiros conseguiu manter seus compromissos financeiros em dia."

Analisando a inadimplência por setor, observa-se que as instituições financeiras que financiam atividades agrícolas são as mais impactadas, com uma taxa de 6,5%. Em contrapartida, os setores diretamente ligados ao agronegócio, como agroindústrias, serviços de apoio ao campo e revendas de insumos, apresentam taxas de inadimplência muito baixas, de 0,1% e 0,2%, respectivamente.

Pimenta destaca a diferença positiva entre o cenário geral e a cadeia direta do agronegócio: "Enquanto a inadimplência geral entre proprietários rurais é de 7%, a taxa dentro da cadeia agro é quase insignificante."

No que diz respeito ao porte dos proprietários rurais, os pequenos proprietários têm a menor taxa de inadimplência, de 6,5%, com um leve aumento de 0,6 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Por outro lado, grandes proprietários e aqueles sem registro de cadastro rural apresentam as maiores taxas de inadimplência.

Regionalmente, o Sul do Brasil apresentou o menor nível de inadimplência, de 4,9%, embora o cenário possa mudar devido aos impactos climáticos adversos, como as enchentes. A suspensão das negativações pela ANBC, a ampla utilização de seguros rurais e a experiência da população rural podem mitigar esses efeitos negativos, conforme explica Pimenta. O Sudeste e o Centro-Oeste também mostraram resultados mais baixos, enquanto o Norte registrou os maiores percentuais de inadimplência.

Por fim, os proprietários rurais mais experientes, em geral, apresentam menores índices de inadimplência em comparação com os mais jovens.

A metodologia utilizada para o Indicador de Inadimplência do Agronegócio da Serasa Experian considerou apenas dívidas vencidas há mais de 180 dias e que somam pelo menos R$ 1.000, relacionadas a atividades e financiamentos no setor agropecuário.

Fonte: Portal do Agronegócio

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