Publicado em: 26/05/2022 às 16:00hs
O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) estão ampliando o alcance da Rota da Fruticultura da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF). Nesta semana, foi lançada a segunda etapa da iniciativa, que integra a Estratégia Rotas de Integração Nacional.
Nesta nova fase, o foco será em investimentos na produção de novos tipos de frutas na região e na implantação de logística para o beneficiamento e distribuição dos gêneros alimentícios. Agora, serão implementados lotes para a produção de frutas vermelhas: morango, mirtilo, amora e framboesa. Serão investidos R$ 24 milhões para as ações de inovação, pesquisa e fomento à produção, que contemplam a elaboração de estudos e implementação das variedades junto a produtores locais. Os recursos são provenientes de emenda da bancada do Distrito Federal no Congresso Nacional. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é parceira da iniciativa.
Açaí, jabuticaba e frutos típicos do Cerrado são outras culturas que serão apoiadas. Também será mantida a produção de frutas já exploradas pelos integrantes da Rota, como goiaba, mamão e maracujá.
“O envolvimento em projetos como o da Rota de Fruticultura da Ride-DF faz parte das ações estratégicas da Codevasf para estruturar e dinamizar atividades produtivas e promover desenvolvimento sustentável em nossa área de atuação”, afirma Marcelo Moreira, diretor-presidente da entidade, que é vinculada ao MDR.
Para fortalecer o novo polo frutícola, um lote com mudas de açaí e de mirtilo será disponibilizado às cooperativas selecionadas para a implantação de 100 módulos de 1 hectare (10 mil m²), no caso do açaí, e 10 módulos de 2 mil metros quadrados de mirtilo, com foco em desenvolvimento, validação e demonstração de técnicas avançadas de cultivo destas culturas em condições de Cerrado.
Também nesta semana, foram entregues máquinas para associações e cooperativas da cadeia produtiva da fruticultura do polo. Foram concedidos nove microtratores, uma pá carregadeira e um caminhão leve com carroceria de madeira -- houve ainda a entrega simbólica de um caminhão leve com carroceria baú de alumínio, de um conjunto de 18 veículos do tipo que serão repassados pela Codevasf.
Os equipamentos entregues são parte de um conjunto de máquinas adquiridas com recursos federais, que somam R$ 10,5 milhões, e repassados por meio da Codevasf. Ao todo, a Rota contará com 32 caminhões leves, 30 câmaras frias, 20 microtratores com acessórios, 8 tratores, 300 kits de irrigação localizada e 16 implementos agrícolas e bens diversos de apoio à produção. Também serão entregues equipamentos como freezer, balança, liquidificador, batedeira e forno, entre outros, que apoiarão os setores produtivos da região.
O polo da Rota da Fruticultura da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno foi implementado em junho de 2021, com investimento de cerca de R$ 1 milhão por meio da Codevasf. Ele reúne cerca de 27 mil produtores familiares do Distrito Federal, de 29 cidades de Goiás e de outras quatro de Minas Gerais.
No estado goiano, os municípios atendidos são Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Alto Paraíso de Goiás, Alvorada do Norte, Barro Alto, Cabeceiras, Cavalcante, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Cristalina, Flores de Goiás, Formosa, Goianésia, Luziânia, Mimoso de Goiás, Niquelândia, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina de Goiás, Santo Antônio do Descoberto, São João d’Aliança, Simolândia, Valparaíso de Goiás, Vila Boa e Vila Propício. Já em território mineiro, a ação alcança produtores rurais de Arinos, Buritis, Cabeceira Grande e Unaí.
As Rotas de Integração Nacional são redes de arranjos produtivos locais associadas a cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras priorizadas pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Buscam promover a coordenação de ações públicas e privadas em polos selecionados, mediante o compartilhamento de informações e o aproveitamento de sinergias coletivas a fim de propiciar a inovação, a diferenciação, a competitividade e a sustentabilidade dos empreendimentos associados, contribuindo, assim, para a inclusão produtiva, inovação e o desenvolvimento regional.
Atualmente, há 11 Rotas reconhecidas: do Açaí, da Biodiversidade, do Cacau, do Cordeiro, da Economia Circular, da Fruticultura, do Leite, do Mel, da Moda, do Pescado e da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
O Distrito Federal conta com outras duas rotas que já estão em atuação: Polo Cerrado Circular, que pertence à Rota da Economia Circular, e o Polo Cerrado Digital, da Rota da Tecnologia da Informação e Comunicação.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social MDR
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