A gerente do Projeto UFV IV, do Complexo Gás-Químico da Petrobras, Valeska da Rocha Caffarena, visitou, na semana passada, acompanhada de mais três profissionais da estatal, algumas propriedades que cultivam cacau, localizadas na região onde será implantado o empreendimento, para conhecer os problemas ambientais e sociais da região e casos bem sucedidos na atividade.

A visita faz parte dos trabalhos realizados pelo Comitê de Acompanhamento de Projetos Industriais de Linhares e da Associação dos Cacauicultores de Linhares (Acal) para apresentar aos gestores da Petrobras a situação da região e alinhar projetos que possam minimizar os possíveis impactos negativos ocasionados pelo Complexo, orçado na faixa de R$ 9 bilhões.

De acordo com Maurício Buffon, presidente do Comitê e da Acal, durante a visita a campo, foram apresentadas propriedades de cacau dentro de Áreas de Preservação Permanente (APP) com diversos estágios de contaminação da doença vassoura-de-bruxa, que está afetando fortemente a produção de cacau. “Mostramos áreas com alto índice de doença e nenhuma produção, áreas já em início de recuperação e algumas áreas já em plena produção de cacau de ótima qualidade e ausentes de doenças”, diz Buffon.

Segundo o presidente do Comitê, após conhecer o atual cenário onde o Complexo será implantado, a gestora do projeto se propôs a apoiar o segmento, aplicando os conceitos de sustentabilidade, e fazer deste projeto, em Linhares, uma vitrine para outras regiões. “Tivemos uma receptividade muito boa em relação ao apoio nas necessidades do setor. Vamos construir projetos que possibilitem sustentabilidade ao desenvolvimento que a região vivenciará”, destacou Maurício Buffon.

Os diretores da Acal, Emir de Macedo Gomes Filho, Guilherme Mosca e Francisco Durão, e o gerente da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) no Espírito Santo, Paulo Siqueira, também acompanharam a visita ao campo.