Os problemas começaram no início da colheita quando na fila, em frente a empresa, estavam estacionados mais de 60 caminhões. “Ganho por comissão. No tempo certo consigo ‘puxar’ duas cargas por dia, mas cheguei a ficar 24 horas na fila parado. Isso é prejuízo para mim e para o patrão”.

Para o motorista Moacir Fagundes, os prejuízos refletem para todos. “No início da colheita fiquei dois dias na fila e esse tempo parado é frete perdido”, explica ao ressaltar que “o produtor também perde porque os caminhões ficam aqui e a os maquinários parados, esperando”.

Mesmo com o mercado aquecido para o milho com a evolução dos preços, que teve um aumento de 30% desde o início de julho, a morosidade no recebimento do cereal pode amargurar em prejuízo. Refletindo diretamente no custo do frete e onerando a safrinha para o produtor.

Em Mato Grosso a estimativa de área plantada, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), é mais de 2,5 milhões de hectares. A produtividade média deverá ficar acima de 90 sacas por hectare.

Já a empresa justifica que o recebimento do milho está dentro da normalidade prevista e que os problemas com a espera em filas já foram solucionados.