A consolidação destas parcerias, que já existem, tem interesse recíproco. “A Federarroz não abre mão de manter e fortalecer essa relação construída com o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag) e o Sindicato da Indústria do Arroz (Sindarroz-RS)”, enfatiza Dornelles.

Segundo ele, os interesses comuns serão priorizados e ações práticas, setoriais e políticas em prol da rizicultura. “Não há lavoura de arroz sem o suporte fundamental do governo do Estado, através do Irga, seja em ações técnicas ou políticas, e só temos a agradecer ao presidente Cláudio Pereira e ao secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, por terem essa percepção e darem o apoio necessário à Federarroz e aos arrozeiros”, enfatiza.

Pereira, na posse de Dornelles, fez um discurso vibrante, pregando a união e lembrando o papel determinante do instituto para a orizicultura gaúcha alcançar o seu patamar de principal lavoura de arroz das Américas e, com tecnologias referenciais em qualidade e produtividade. “O governo gaúcho é parceiro desde sempre do produtor orizícola”, frisou o dirigente do Irga.

Carlos Sperotto, presidente da Farsul, não só abriu o espaço para a Federarroz em seu salão nobre, como enfatizou o apoio da estrutura do Sistema Farsul para que a orizicultura alcance dias melhores, “Se hoje a cadeia produtiva vive dias de maior tranquilidade, é porque a Federarroz também resgatou seu papel de ator importante no cenário nacional e foi determinante na busca desta condição. O Henrique, que é um presidente jovem, dinâmico e que vai representar muito bem o setor, tem o nosso apoio naquilo que precisar, pois sabemos da importância da orizicultura para a produção rural gaúcha e de sua irmandade com a pecuária, especialmente na Metade Sul, onde são duas atividades propulsoras do desenvolvimento”, destaca.

Henrique Dornelles destaca que ações com o Serviço Nacional de Aprendização Rural serão fundamentais para o sucesso da meta de levar ao arrozeiro gaúcho maior capacidade de gestão administrativa e comercial de sua lavoura e propriedade. “É um desafio nosso, que só será alcançado com a Farsul, por meio do Senar/RS, e o Irga”, projeta. O presidente Elton Weber, da Fetag, considera que a aproximação das entidades nos últimos anos fortaleceu a representatividade do setor. “Os trabalhadores na agricultura estão representados no setor, agora que estabelecemos pauta única para algumas demandas e trabalhamos unidos”, afirma.

INDÚSTRIA

Em sua posse, Henrique Dornelles deu ênfase ao crescimento dessas parcerias. Entende que a Federarroz deve se aproximar e dialogar com o Sindarroz-RS, entre outras entidades e segmentos, para dar o real sentido e respaldo da cadeia produtiva às demandas setoriais. “Não vejo o arroz que produzo chegar ao consumidor, sem passar pela indústria”, cita. Na sua opinião, há uma pauta comum a estes dois segmentos isso deve ser trabalhado em conjunto. “Haverá, sim momentos de antagonismo nos quais procuraremos resolver com o diálogo e o amadurecimento dessa relação, mas há muito em comum e precisamos construir essa imagem de cadeia, de integração, para fortalecer o setor e construir posições proativas, estruturantes e representativas”, finaliza.