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Faturamento estável na Ceasa Minas

Faturamento da Ceasa Minas foi de R$ 3,901 bilhões em 2012, de acordo com informações da Central de Comercialização. Valor arrecadado pela Centrais de Abastecimento aumentou apenas 0,85%


Publicado em: 15/01/2013 às 21:00hs

Faturamento estável na Ceasa Minas

O faturamento gerado com a comercialização de produtos na Centrais de Abastecimentos de Minas Gerais (Ceasa Minas) alcançou, em 2012, R$ 3,901 bilhões, o valor ficou apenas 0,85% acima dos R$ 3,868 bilhões de 2011. A movimentação observada no ano passado ficou dentro da projetada pelos representantes do entreposto.

De acordo com o chefe da Seção de Informações de Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Fernandes Martins, ao longo de 2012 foi observada queda na oferta de alguns produtos, o que promoveu o reajuste de preços e permitiu com que os resultados ficassem equivalentes aos registrados no ano anterior.

Segundo dados divulgados pela Ceasa Minas, entre janeiro e dezembro de 2012 foram faturados pelo segmento de hortigranjeiros, R$ 1,956 bilhão, frente aos R$ 1,757 bilhão movimentado em igual período do ano anterior, variação positiva de 11,32%.

"Ao longo de 2012, tanto a oferta como os preços médios pagos pelos produtos hortigranjeiros ficaram maiores, devido à alta demanda proveniente de Minas Gerais e de outros Estados", disse.

Durante o ano passado, a oferta de hortigranjeiros cresceu 2,4% em comparação com 2011. No período foram comercializadas cerca de 1,502 milhão de toneladas de hortigranjeiros. A alta na oferta foi puxada pelo grupo das frutas, que teve crescimento de 6,6%, tendo como principais destaques a laranja, com incremento de 20,1%, e a banana, com alta de 6,8% na oferta.

O grupo dos hortigranjeiros também é composto por aves e ovos cujo volume de vendas chegou a 60,56 mil toneladas. No período, a oferta de olerícolas, grupo de legumes e verduras, responderam por mais de 50% do volume de hortigranjeiros comercializados na CeasaMinas, com 764,75 mil toneladas. Mesmo assim, houve uma redução de 0,4% na oferta em comparação com 2011.

Valores - Os preços também sofreram alterações em relação a 2011. Os hortigranjeiros ficaram, em média, 8,3% mais caros. A maior parte deste aumento foi provocada por algumas olerícolas como a moranga híbrida e a batata, que tiveram alta nas vendas para outros Estados. A batata sofreu ainda com a redução da área plantada, já que, em 2011, houve uma produção acima do normal e os preços ficaram inferiores.

Porém, mesmo entre as olerícolas, a maior parte dos produtos teve redução de preços.  o caso do inhame, que ficou 19,3% mais barato, quiabo, com queda de 11,3%, pimentão, 6,1% e milho verde, com redução de 5,4%.

Já o faturamento gerado com a comercialização de produtos industrializados ficou em R$ 1,803 bilhão, o que representou queda de 9% quando comparado aos R$ 1,98 bilhão faturado ao longo de 2011.

"No grupo, a queda foi promovida tanto pela redução da oferta como dos preços. Somente na oferta a redução ficou em 7,3%, com 749 mil toneladas ofertadas, frente as 808 mil disponibilizadas em 2011", disse Martins.

A receita gerada com as negociações dos produtos que compõem o grupo de cereal aumentou 10,38% em 2012, alcançando R$ 1,42 bilhão frente aos R$ 1,28 bilhão movimentados entre janeiro e dezembro de 2011. Neste grupo o preço médio ficou 24,5% superior ao praticado no ano anterior. Os principais reajustes ocorreram nos preços do milho, arroz e feijão.

"Todos estes itens, que possuem alto consumo, tiveram uma safra menor que a demanda ao longo de 2012, o que promoveu o incremento nos preços médios", disse.

Fonte: Diário do Comércio

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