Publicado em: 16/08/2012 às 19:40hs
O presidente José Zeferino Pedrozo teme que as agroindústrias percam a competitividade e entrem em regime de inviabilidade financeira e operacional, deixando milhares de produtores de aves e suínos sem mercado para sua produção. A Federação recebeu nesta semana relatos de produtores rurais de várias regiões catarinenses sobre atrasos, por pequenas e médias agroindústrias, no suprimento da rações para plantéis de aves.
Pedrozo destacou que, em face do encarecimento do preço da soja e do milho nos mercados nacional e mundial, a FAESC defende um plano emergencial para evitar o desabastecimento no mercado doméstico, equilibrando as exportações e o consumo interno no Brasil.
“As previsões são preocupantes pois, em razão da escassez de insumos, há forte pressão para aumento de preço dos grãos até a próxima safra”, expôs.
Santa Catarina tem mais de 60.000 suinocultores e avicultores produzindo num setor que emprega diretamente 105 mil pessoas e, indiretamente, mais de 220 mil trabalhadores. A avicultura e a suinocultura se desenvolveu no modelo de parceria produtor/indústria implantado em Santa Catarina a partir do início dos anos 70.
O presidente da FAESC acentuou que, nesse momento, criadores e indústrias são os mais prejudicados. Mas não há dúvidas que o produtor independente, aquele que não participa do sistema de integração, está em situação dramática porque não tem a cobertura de nenhuma agroindústria.
Pedrozo resumiu que a prioridade absoluta agora é disponibilizar milho e farelo de soja para nutrição animal dos vastos plantéis de aves e suínos de Santa Catarina deve ser a prioridade através de ações da Conab e do Ministério da Agricultura.
Fonte: Jornal Novo Tempo
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