Gestão

Faern conhece irrigação e produção de leite no Ceará

Na oportunidade, os visitantes acompanharam o processo de produção de silagem, a partir do milho com a espiga, um dos mais modernos da América Latina


Publicado em: 17/08/2012 às 11:00hs

Faern conhece irrigação e produção de leite no Ceará

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), José Álvares Vieira, fez uma viagem ao estado do Ceará acompanhado do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Lajes, César Militão, para um Dia de Campo no município de Limoeiro do Norte, organizado pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.
 
Na oportunidade, os visitantes acompanharam o processo de produção de silagem, a partir do milho com a espiga, um dos mais modernos da América Latina. O processo é realizado com uso de colhedora de forragem, autopropelida e o insumo é destinado, preferencialmente, à ração para alimentação de bovinos nas propriedades produtoras de leite.
 
Os participantes também conheceram a produção de leite, por meio de moderno sistema de ordenha mecanizada, inseminação artificial, além de eficiente programa de gestão, incluindo-se o pastejo rotacionado e irrigado por pivô central. “Numa área arrendada de 2.500 hectares, no perímetro irrigado, produzir semanalmente 7.500 toneladas de silagem, quantidade suficiente para alimentar um rebanho de 30 mil bovinos é algo incrível. E mais incrível ainda por ser vizinho de áreas totalmente tomadas pela seca brava”, ressaltou o presidente da Faern, José Vieira.
 
PASTO IRRIGADO

A equipe da Faern conheceu o modelo inovador de produção leiteira desenvolvido pela Fazenda Flor da Serra. Utilizando um modelo contratual semelhante ao sharemilker neozelandês (com parceiros que trabalham na propriedade e recebem uma porcentagem do lucro em troca do trabalho) e um sistema de produção basicamente utilizando pasto irrigado e rebanho mestiço, a propriedade consegue produzir leite com custo operacional de R$ 0,50 pelo litro.
 
O segredo começa no sistema de produção, em que as vacas pastejam os capins tifton (principalmente), tanzânia e crioulo, recebendo como complemento 1 kg de ração para 3 litros de leite, chegando a 4 kg em alguns momentos. O objetivo é reduzir ao máximo a suplementação e o custo dela - com a melhoria do manejo de pastagens. O teor de proteína bruta da ração foi reduzido de 22% para 17%, resultando em economia de custos. “É um verdadeiro oásis de produtividade e trabalho eficiente. Um modelo totalmente novo e que poderia ser analisado pelos nossos técnicos governamentais. O RN deveria se espelhar nesse bom exemplo e tentar algo parecido”, explicou o presidente do Sindicato dos Produtores de Lajes, César Militão.

De acordo com o presidente da FaernAERN José Vieira, os técnicos do governo estadual poderiam planejar uma viagem para Limoeiro do Norte e analisar a viabilidade das ideias do Ceará. “Acredito que eles ficariam encantados com o projeto e poderiam trazer algo para cá. E um bom começo poderia ser nas propriedades que compõe o projeto do Baixo - Açu II. Acredito que a região ganharia e a nossa economia teria os bons resultados que o estado vizinho já possui”, completou Vieira.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

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