Publicado em: 02/04/2012 às 12:30hs
Lá, o produtor rural Luiz Ciarini arrendou 1 mil hectare de terra indígena há oito anos, com autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai) e Ministério Público.
Depois de tantos anos, a vida dos indígenas do local já se modificou. Com o dinheiro do arrendamento adquiriram diversos bens que beneficiaram a tribo. “Compramos um veículo para levar aposentados e estudantes para a cidade e investimos na educação. Já temos muitos índios cursando faculdade”, explicou Dinaldo Pareci, o indígena responsável por discutir essas parcerias.
O grande impasse agora é a renovação do contrato de arrendamento. Os indígenas já sinalizaram que querem continuar com esta parceria e ir além, buscando qualificação para trabalhar na lavoura. Atualmente, alguns índios já trabalham como tratoristas e em outros serviços necessários para o cultivo da soja. “Verificamos que é interesse dos índios continuar com a parceria. Nosso trabalho aqui é ajuda-los com a transferência de informação e tecnologia para que eles aprendam como trabalhar o solo, gerando oportunidades para os moradores da comunidade”, explicou o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro.
LOGÍSTICA - Para chegar à aldeia Sacre Zero é preciso rodar cerca de 50 quilômetros por uma rodovia estadual, a MT-358. Mas a estrada ainda está longe de ser ideal para caminhões e carros trafegarem com segurança. Que o diga o caminhoneiro Aparecido Boin, que ficou cinco dias parado em um atoleiro. “É um absurdo ficar cinco dias parado em uma estrada como essa. Pagamos impostos, IPVA do caminhão, e não vemos este dinheiro aplicado para a melhoria da logística”, afirmou, indignado, o caminhoneiro.
Fonte: Aprosoja
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